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Renato Antunes acusa oposição de tentar fabricar crise para desestabilizar governo Raquel Lyra

Para o deputado, instalar uma CPI contra o Governo do Estado coloca em jogo a credibilidade da casa

Deputado estadual Renato AntunesDeputado estadual Renato Antunes - Foto: divulgação

O deputado estadual Renato Antunes (PL) criticou a decisão da oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o contrato de publicidade do Governo Raquel Lyra. 

O parlamentar acusa a oposição de tentar “de forma desesperada, construir uma narrativa e criar pirotecnia em cima de algo que sequer tem prova ou qualquer processo legal em curso.” Renato Antunes enxerga o episódio como uma tentativa de capitalização política às custas da institucionalidade do Estado.

 “Para instaurar uma CPI é necessário haver um fato determinado, como prevê a legislação. E eu sinceramente me pergunto: qual é esse fato? Se alguém souber, por favor me diga”, questionou o deputado quando Dani Portela (Psol) apresentou o pedido, que teve apoio de 18 parlamentares.

Antunes acredita que o objetivo da oposição é desgastar politicamente a governadora Raquel Lyra, visando as eleições de 2026. Entretanto, ainda alerta que o uso da CPI como instrumento de palanque pode abrir um precedente perigoso e comprometer o debate público.

“Fazer oposição é legítimo. É até necessário. Mas é preciso fazer com responsabilidade. Politizar investigação, sem lastro jurídico, é flertar com o ridículo. Não é plausível querer fazer oposição com fígado”, disparou.

Dessa forma, a oposição estaria enfraquecendo a própria credibilidade institucional da Assembleia ao tentar criar um clima de escândalo sem base legal concreta.

“O que está em jogo aqui não é a governadora Raquel, e sim o próprio estado de Pernambuco, que está sendo colocado num ambiente artificialmente desfavorável”, afirmou. 

Aliados de Raquel Lyra avaliam que o movimento busca unificar palanques contra o PSDB em diversas regiões do estado, usando a CPI como símbolo de mobilização. Para Renato Antunes, no entanto, o que está em curso é um jogo perigoso com as instituições:

“Se cada denúncia genérica virar CPI, então que venham as comissões para investigar cada contrato dos últimos 20 anos.”

 

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