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União Brasil manterá independência na Alepe, mas deve definir posição com Miguel, diz Edson Vieira

Deputado afirmou que novo presidente estadual da sigla trará mais clareza sobre alinhamento político

Depuptado estadual Edson Viera, em entrevista à Rádio Folha nesta quarta-feira (19)Depuptado estadual Edson Viera, em entrevista à Rádio Folha nesta quarta-feira (19) - Arthur Botelho/ Folha de Pernambuco

O deputado estadual Edson Vieira (União Brasil) afirmou, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7 nesta quarta-feira (19), que o partido manterá, por enquanto, sua posição de independência na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

No entanto, com a chegada de Miguel Coelho à presidência estadual da legenda, o posicionamento deve ser mais bem definido nos próximos meses.

“Agora, com essa presidência nova, a gente vai poder ter, nós deputados estaduais, um diálogo maior, uma abertura maior com o presidente, escutar o que Miguel tem a falar e, a partir disso, ter uma posição mais clara sobre essa independência ou sobre uma eventual oposição”, disse.

Atualmente, o União Brasil se declara independente na Alepe, mas tem se alinhado, na prática, com blocos da oposição ao governo Raquel Lyra (PSDB). O cenário pode mudar com Miguel Coelho no comando, especialmente porque o ex-prefeito de Petrolina mantém proximidade com João Campos (PSB), provável adversário de Raquel na disputa pela reeleição em 2026.

“O União Brasil tem uma posição de independência na Casa e, a nível municipal, tem uma aliança com o prefeito João Campos. Aqui no Recife, essa aliança é bem clara”, afirmou Vieira.

Divergências 
Vieira também ressaltou que o partido possui divergências internas quanto ao apoio ao governo Raquel Lyra, citando as diferentes posições de seus principais líderes em Pernambuco.

“Sabemos que o deputado federal Mendonça Filho tem colocado apoio à governadora, mas já o deputado Fernando Filho tem uma posição mais independente, mais alinhada com a oposição”, pontuou.

Mesmo com o União Brasil reforçando sua independência na Alepe, a legenda segue tendo a deputada Socorro Pimentel como líder do governo na Casa. O fato gerou questionamentos sobre a sustentabilidade dessa configuração política.

Vieira esclareceu que a nomeação de Socorro Pimentel foi uma decisão exclusiva da governadora Raquel Lyra e não representa um alinhamento formal do partido com o Palácio do Campo das Princesas.

"Ela foi convidada. Foi uma escolha pessoal da governadora. O partido não foi consultado sobre isso, não houve reunião nesse sentido", afirmou.

Ele reforçou a necessidade de separar o posicionamento individual da deputada do posicionamento partidário.

“As pessoas podem pensar que o União Brasil decidiu ir para a oposição e deixou a líder do governo isolada dentro do partido. Não foi isso que aconteceu”, ressaltou.

Confira a entrevista completa: 

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