União Brasil manterá independência na Alepe, mas deve definir posição com Miguel, diz Edson Vieira
Deputado afirmou que novo presidente estadual da sigla trará mais clareza sobre alinhamento político
O deputado estadual Edson Vieira (União Brasil) afirmou, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7 nesta quarta-feira (19), que o partido manterá, por enquanto, sua posição de independência na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
No entanto, com a chegada de Miguel Coelho à presidência estadual da legenda, o posicionamento deve ser mais bem definido nos próximos meses.
“Agora, com essa presidência nova, a gente vai poder ter, nós deputados estaduais, um diálogo maior, uma abertura maior com o presidente, escutar o que Miguel tem a falar e, a partir disso, ter uma posição mais clara sobre essa independência ou sobre uma eventual oposição”, disse.
Atualmente, o União Brasil se declara independente na Alepe, mas tem se alinhado, na prática, com blocos da oposição ao governo Raquel Lyra (PSDB). O cenário pode mudar com Miguel Coelho no comando, especialmente porque o ex-prefeito de Petrolina mantém proximidade com João Campos (PSB), provável adversário de Raquel na disputa pela reeleição em 2026.
“O União Brasil tem uma posição de independência na Casa e, a nível municipal, tem uma aliança com o prefeito João Campos. Aqui no Recife, essa aliança é bem clara”, afirmou Vieira.
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Divergências
Vieira também ressaltou que o partido possui divergências internas quanto ao apoio ao governo Raquel Lyra, citando as diferentes posições de seus principais líderes em Pernambuco.
“Sabemos que o deputado federal Mendonça Filho tem colocado apoio à governadora, mas já o deputado Fernando Filho tem uma posição mais independente, mais alinhada com a oposição”, pontuou.
Mesmo com o União Brasil reforçando sua independência na Alepe, a legenda segue tendo a deputada Socorro Pimentel como líder do governo na Casa. O fato gerou questionamentos sobre a sustentabilidade dessa configuração política.
Vieira esclareceu que a nomeação de Socorro Pimentel foi uma decisão exclusiva da governadora Raquel Lyra e não representa um alinhamento formal do partido com o Palácio do Campo das Princesas.
"Ela foi convidada. Foi uma escolha pessoal da governadora. O partido não foi consultado sobre isso, não houve reunião nesse sentido", afirmou.
Ele reforçou a necessidade de separar o posicionamento individual da deputada do posicionamento partidário.
“As pessoas podem pensar que o União Brasil decidiu ir para a oposição e deixou a líder do governo isolada dentro do partido. Não foi isso que aconteceu”, ressaltou.
Confira a entrevista completa:



