Seg, 29 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
Concursos e Empregos

O desafio de reter talentos

Pesquisa da consultoria LHH com  jovens profissionais de todo o país,  apresenta seus anseios e ajuda a entender quais os desafios para manté-los engajados nas empresasPesquisa da consultoria LHH com jovens profissionais de todo o país, apresenta seus anseios e ajuda a entender quais os desafios para manté-los engajados nas empresas - Greg Vieira / Arte FolhaPE
A dinâmica do mercado tem encurtado o ciclo profissional dos jovens talentos nas empresas e manter o engajamento desses colaboradores se tornou um grande desafio. Para entender o que pensam esses profissionais em formação, a Folha de Pernambuco teve acesso a uma pesquisa sobre os anseios desses jovens e conversou sobre esses resultados com uma especialista no assunto.



Pesquisa da consultoria Lee Hecht Harrison (LHH) entrevistou 111 trainees de empresas de várias regiões do país e revelou que entre os pontos mais citados como objetivos nas empresas estão o desenvolvimento da carreira e as oportunidades de crescimento. Como conclusão, o estudo aponta para a necessidade das empresas prestarem mais atenção a todo o ciclo do colaborador e como desenvolvem esses profissionais, desde a seleção até o desligamento.

"A seleção dos melhores talentos começa pela sua marca de empregador, a employer branding, ou seja, o quanto você é atrativo no mercado e qual a sua proposta para esses talentos. E o que esses jovens estão procurando? A primeira coisa que eles buscam é o aprendizado. Eles têm muito a oferecer, mas também querem receber da empresa, explica Fabrícia Faé, responsável pela área de desenvolvimento de Talentos LHH.

Segundo Fabrícia, a rotatividade dentro da empresa, ponto bastante citado, atende às necessidades dos jovens. "Eles querem o job rotation, que é ficar trocando de áreas para conhecer todo o negócio, porque normalmente esses talentos buscam ser ‘multi’ e querem também olhar o todo e depois direcionar para uma área", afirma."Eles querem se desenvolver e se desenvolver rápido. E a melhor forma de aprender é como a gente chama 'on the job', ou seja, no trabalho. Então, ter programas de desenvolvimento dentro da empresa, de liderança, programas de mentoria e coaching e até a integração entre outras empresas, isso acelera o desenvolvimento, porque eles querem contribuir de uma maneira rápida", avalia Faé.

Um dos pontos mais citados pelos trainees foi a reputação da empresa para a qual escolhem trabalhar. Essa preocupação não é mera casualidade e deve ser observada. "Não só as empresas que contratam jovens talentos, eles também contratam as empresas. Eles querem ter esse encontro para saber como é o funcionamento da empresa para saber se o seu perfil também se encaixa. Então, isso é muito importante e está muito ligado a todo o ciclo do colaborador", conclui Fabrícia.

O ciclo do colaborador é todo o processo dentro da empresa. Desde a seleção, passando pelo acompanhamento e desenvolvimento de carreira até o desligamento da organização. “O que a empresa tem de projetos e como eles vão ser desenvolvidos, a forma com que a contrata e trabalha com eles e a forma como é feito o desligamento é importante, pois os ciclos deles na organização são sempre mais curtos e tudo isso conta", diz a especialista.

"Não são só as empresas que contratam jovens talentos, eles também contratam as empresas", diz a responsável pela área de desenvolvimento de Talentos LHH, Fabrícia Faé. - Crédito: Artur Mota / Folha de Pernambuco

info

Crédito: Arte FolhaPE


 

Veja também

Newsletter