Nova Ford Ranger Híbrida Flex será produzida na América do Sul e promete quase 400 cv
Picape eletrificada estreia em 2027 com motorização flex desenvolvida pela engenharia brasileira
A Ford confirmou que a nova Ranger Híbrida Plug-in (PHEV) será lançada na América do Sul em 2027 e trará um motor flex desenvolvido no Brasil, fruto do trabalho da engenharia local.
A novidade marca um avanço estratégico da marca no continente e coloca o país em posição de destaque global no desenvolvimento de tecnologias híbridas.

Segundo a montadora, o projeto da Ranger PHEV flex está sendo conduzido por engenheiros brasileiros no Centro de Desenvolvimento e Tecnologia de Tatuí (SP) — que acaba de ser expandido — e também no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Camaçari (BA).
Essas unidades integram o ecossistema de inovação da Ford na América do Sul e têm papel decisivo no novo ciclo de investimentos da marca na região.
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Motor flex e potência de esportiva
O diferencial da Ranger PHEV brasileira será o sistema híbrido plug-in flex, uma exclusividade do nosso mercado. De acordo com o presidente da Ford América do Sul, Martin Galdeano, o desenvolvimento já está em estágio avançado.
Embora a marca ainda não tenha revelado dados oficiais, fontes da indústria indicam que a versão nacional será a Ranger híbrida mais potente do mundo, superando com folga a configuração europeia de 279 cv e 69,3 kgfm.
Especula-se que a nova Ranger PHEV flex entregue potência próxima de 400 cv, patamar semelhante ao da esportiva Ranger Raptor, que tem 397 cv no Brasil.
A diferença de desempenho em relação a outros mercados se deve à maior flexibilidade das normas de emissões locais e ao uso do etanol, combustível que favorece ganhos de potência e eficiência.
Para alcançar esses números, a Ford deve adotar um motor elétrico mais robusto e baterias de maior capacidade em relação aos 11,8 kWh usados na Europa, ampliando também a autonomia em modo elétrico, atualmente de 43 km no ciclo WLTP.
A transmissão automática de dez marchas e a tração integral e-4WD (com reduzida e bloqueio de diferencial traseiro) devem ser mantidas, assim como a capacidade de carga de 1 tonelada e reboque de até 3,5 toneladas.

Engenharia brasileira em destaque
O projeto da Ranger híbrida faz parte de um novo ciclo de investimentos da Ford na engenharia brasileira, com modernização e ampliação das estruturas de Tatuí e Camaçari.
Em São Paulo, o Centro de Desenvolvimento e Tecnologia ganhou dois novos prédios: o Ford Academy, dedicado à capacitação e difusão de conhecimento técnico, e o Centro de Diagnóstico Avançado de Engenharia, conectado às pistas de testes para processamento e análise de dados em tempo real.
De acordo com André Oliveira, diretor de Programas Veiculares da Ford América do Sul, “o desenvolvimento do motor flex da Ranger Híbrida Plug-in é mais um projeto importante confiado ao time local, que agora conta com um centro ainda mais moderno e eficiente”.
Em Tatuí, a estrutura ocupa 4,66 milhões de m², com 40 km de pistas de terra e 20 km pavimentadas, além de laboratórios para testes de durabilidade, calibração, emissões e desempenho. Já em Camaçari (BA), o centro no Cimatec Park segue em expansão e ganhará um novo prédio de engenharia até o primeiro semestre de 2026.

Produção regional e versões
A Ranger Híbrida Plug-in será produzida na planta de General Pacheco, na Argentina, onde também são montadas as versões a diesel da picape.
No Brasil, a chegada do modelo está prevista para 2027, com foco em atender ao crescente interesse por veículos eletrificados, mas sem abrir mão da robustez e da identidade off-road que caracterizam a Ranger.
Ainda não há definição oficial sobre as versões que serão oferecidas por aqui — nos mercados estrangeiros, a Ranger PHEV é vendida nas configurações XLT, Sport, Wildtrak e Stormtrak.
Com o novo conjunto híbrido flex e desempenho de esportiva, a Ranger PHEV promete unir o melhor dos dois mundos: eficiência elétrica e força a etanol, reforçando o protagonismo da engenharia brasileira no portfólio global da Ford.



