Intenção de consumo no Recife permanece equilibrada, apesar de leve queda
Indicador geral alcançou 101 pontos
A intenção do consumo das famílias no Recife registrou uma queda de 0,1% em setembro de 2025, alcançando 101 pontos no indicador geral. O resultado aponta para uma percepção moderada das famílias, uma vez que permanece muito próximo à linha de equilíbrio entre otimismo e pessimismo (100 pontos).
Bernardo Peixoto, presidente da Fecomércio-PE comentou os resultados: “Apesar do leve ajuste no indicador, vemos sinais de resiliência no consumo das famílias pernambucanas, impulsionados pela estabilidade no emprego e pela melhora gradual na renda. A Fecomércio-PE continua otimista com as perspectivas para o fim do ano, período tradicionalmente favorável ao comércio”.
O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) variou conforme a renda familiar:
Famílias com renda de até dez salários mínimos: o otimismo avançou 0,2%, marcando o terceiro mês consecutivo de melhora desde julho quando o índice estava em 98,2
Famílias com renda superior a dez salários mínimos: a confiança recuou 2%, puxando o resultado geral para baixo, apesar de ainda permanecer otimista com 124,5 pontos
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A pesquisa também mostrou a avaliação dos componentes do índice:
- Acesso a Empréstimos e Crédito: melhorou 1,1%.
- Situação Atual do Emprego: subiu 0,9%.
- Nível de Consumo Atual: cresceu 0,9%.
- Renda Atual: avançou 0,5%.
- Perspectiva de Consumo: ganho de 0,6%.
- Perspectiva Profissional (próximos 6 meses): caiu 2,7%.
- Momento para compra de bens Duráveis (Geladeiras, Fogões, etc.): recuou 2,4%.
O economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima detalhou os resultados: “A avaliação sobre bens duráveis é influenciada principalmente pelo acesso ao crédito, pela capacidade de pagamento das famílias e pelo nível de inadimplência, que têm mostrado avanços nos últimos meses e ainda impactam negativamente esse segmento. Já a perspectiva profissional, apesar do recuo, contrasta com os últimos dados públicos sobre o emprego formal em Pernambuco, especialmente considerando o aquecimento natural dos empregos temporários no último trimestre do ano”.



