Julho dourado: o mês de atenção às Zoonoses no mundo pet
Zoonoses são doenças infecciosas que podem ser transmitidas entre animais e humanos
Julho dourado é o mês de atenção às zoonoses no mundo pet. Raiva, leishmaniose visceral, esporotricose e toxoplasmose são doenças consideradas zoonoses. Elas ganham essa classificação pela possibilidade de transmissão entre animais e humanos.
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Domingo (6) é o Dia Mundial da Zoonose, data estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em memória à primeira vacina antirrábica administrada pelo cientista Louis Pasteur.
Raiva é uma zoonose com taxas de recuperação raras - Andréa Rêgo Barros / PCRPodendo ser causadas por vírus, bactérias, fungos, protozoários ou helmintos, essas enfermidades são mais controladas por meio da prevenção.
Raiva
A raiva é uma das zoonoses mais perigosas do mundo devido à alta taxa de letalidade, próxima de 100% após o aparecimento dos sintomas. No Brasil, a transmissão da doença se dá majoritariamente por mamíferos infectados, como morcegos, raposas, cães e gatos. Por isso, a política de vacinação antirrábica, única forma de prevenção, é obrigatória no país.
Em Pernambuco, segundo o Conselho Regional de Medicina Veterinária em Pernambuco (CRMV-PE), houve registro de um cão com raiva em Paulista, cidade da Região Metropolitana do Recife (RMR). Além do pet, morcegos infectados com o vírus foram detectados no Recife. Esses dados confirmam que a circulação da doença ainda exige a necessidade de vigilância e prevenção no estado.
Apesar de ser mais perigosa pela alta letalidade e falta de cura, a raiva tem uma prevenção simples e eficaz: a vacinação anual de cães e gatos.
Leishmaniose Visceral
Causada por um protozoário, a leishmaniose visceral é transmitida através da picada do mosquito palha. A picada do inseto pode transmitir não só para pets, mas também para humanos. Cães são os mais suscetíveis, pois a resposta imune dos cachorros é menos eficiente contra o protozoário.
A doença se manifesta afetando órgãos internos e pode causar febre prolongada, perda de peso, fraqueza, anemia, aumento do fígado e baço.
O uso de coleira repelente na hora de passeios pode ajudar a prevenir a leishmaniose, mas também existe vacina para a doença.
Esporotricose
Transmitida por um fungo que vive no solo, palhas e madeiras, a esporotricose pode infectar um animal por meio de uma lesão subcutânea.
A esporotricose abre feridas em formato oval no corpo do indivíduo infectado, o principal sinal de alerta é a dificuldade para cicatrizar o ferimento.
A doença possui tratamento com antifúngico, mas oferece mais risco de vida para os gatos. Neles, o processo de cura, se demorar a ser iniciado, pode levar à morte.
Toxoplasmose
Causada por um parasita, a toxoplasmose é transmitida pelo consumo de água ou alimentos contaminados. A doença geralmente é assintomática, mas pode ser grave em gestantes e indivíduos com o sistema imunológico enfraquecido.
A doença é considerada comum e de baixo risco, mas alguns cuidados podem evitar a contaminação. Dentre eles, se destacam o bom cozimento de carnes, a lavagem de frutas e legumes antes do consumo e a ingestão apenas de água tratada.
Risco à saúde humana?
Zoonoses representam risco à saúde pública como um todo, principalmente por conta dos riscos de contágio por humanos. Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), 60% das enfermidades que acometem humanos são zoonoses e 75% dessas doenças são emergentes de origem animal.
Não necessariamente essas zoonoses foram transmitidas por cães e gatos, todos os animais passíveis de transmissão de zoonoses podem transmitir.
Acompanhamento
Em todos os casos, a principal forma de manter tanto a família quanto o pet protegidos é manter o calendário vacinal atualizado e consultas regulares ao médico-veterinário.



