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Maior força partidária no país, União Progressista em Pernambuco tem como desafio buscar a unidade

União Brasil e Progressistas têm candidatos ao Senado e defendem palanques distintos ao governo

Deputado federal Eduardo da Fonte (PP) e o presidente estadual do União Brasil, Miguel CoelhoDeputado federal Eduardo da Fonte (PP) e o presidente estadual do União Brasil, Miguel Coelho - Fotos: Rafael Melo/Folha de Pernambuco e Melissa Fernandes/Folha de Pernambuco

Os Partidos Progressistas e União Brasil deram ontem importante passo para consolidar o que pode tornar-se a maior força partidária do país. Ingressaram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com pedido para formalizar a Federação União Progressista.

Serão 108 deputados federais, a maior bancada na Câmara; 12 senadores, a terceira maior do Senado. Contabiliza o maior número de prefeitos pelo Brasil: 1.335; e de governadores: sete. Terão o maior fundo eleitoral (R$ 953,8 mi) e o maior fundo partidário (R$ 197,6 mi).

Entre os números, a nova federação carrega diferenças também hiperbólicas. Em Pernambuco, por exemplo, os líderes Eduardo da Fonte (PP) e Miguel Coelho (União) disputam vaga ao Senado, empatados tecnicamente na maioria das pesquisas.

Pela força do PP, Da Fonte vai comandar a federação. Os dois também apoiam forças divergentes quando a vaga  é para o governo do estado. OPP hoje é base da governadora Raquel Lyra (PSD), e o União está com o prefeito do Recife, João Campos (PSB).

A decisão estará nas mãos da nacional que pode considerar, entre outros critérios, pesquisas de intenção de voto. No cenário de hoje, Miguel Coelho larga na frente, uma vez que João Campos lidera em todos os levantamentos. Mas Eduardo da Fonte é exímio negociador.

Conhecido por não pisar em solo arenoso ou desprotegido, virou peça-chave no processo. “Vamos formar um conselho político. A hora agora é de conciliação, de buscar a unidade”, disse Da Fonte ontem à noite.

Os dois ainda não agendaram nenhum encontro, mas devem conversar em breve. OTSE tem até seis meses antes das eleições para sacramentar a federação.


Três países em uma cidade
Juntar a população da China, da Índia e, de quebra, a da Indonésia é o cálculo rápido do prefeito João Campos ao sustentar a mania de grandeza do Recife e contabilizar, brincando, três bilhões de pessoas circulando pela cidade no Carnaval. A festa, que teve atrações anunciadas ontem, deve ser a última dele como gestor da capital. Se sair para disputar o governo, não volta mais. Ganhando ou perdendo.

Resgate
A governadora Raquel Lyra disse ontem ter trabalhado muito para resgatar a confiança dos prefeitos. “A gente precisou sentar muito à mesa e eu dizer muito não. Porque a gente pegou o estado sem recursos...Prometeram muito e não fizeram no governo passado”

13º salário
O pagamento do 13º salário aos servidores também é  motivo de disputa entre Prefeitura do Recife e governo do estado. O estado já havia anunciado em novembro que o dinheiro sai dia 19. Ontem a capital divulgou o calendário e frisou que vai pagar um dia antes.

Com atraso
E a  Lei Orçamentária Anual de Pernambuco, que deveria ser votada até hoje na Assembleia Legislativa, vai mesmo ficar para depois. Os deputados não tiveram sessão em plenário esta semana e  a próxima já começa com um feriado na segunda. É dureza.

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