Douro: muito mais que vinho
A região encanta também pela beleza natural, hotéis de luxo e atrativos de aventura e relaxamento
Foi a primeira região demarcada e regulamentada como vinícola do mundo, em 1756. As encostas do vale foram transformadas, através do trabalho de gerações, em forma de degraus para cultivo da uva utilizada na produção do famoso Vinho do Porto e espumantes. Desde 2021, é Patrimônio Mundial pela UNESCO. Acompanhe a gente também no Instagram, onde você pode receber várias dicas de viagem e conhecer paisagens incríveis! É só clicar AQUI!
São 250 mil hectares que formam a região do Douro, sendo 44 mil hectares de vinha. E o número de viticultores chega a 22 mil. O cenário é realmente cinematográfico. Na visita às grandes quintas podemos conhecer todo o processo, desde o cultivo até o engarrafamento. Além disso, temos ainda opção de passeio de barco pelo Rio Douro com vista privilegiadíssima dos vales, pontes, hotéis que funcionam margeando o Rio. É um pequeno cruzeiro, uma experiência única que permite descobrir a beleza natural e cultural desta região icônica de Portugal.
Durante o percurso, é possível observar pequenas aldeias ribeirinhas. O passeio sai da aldeia Pinhão. Cerca de 20 embarcações fazem tour diariamente pela manhã e à tarde. Custa cerca de 15 euros. Pra quem tiver oportunidade, se liga que também há opção de cruzeiro com estrutura similar a de um navio mesmo. Sai de Vila Nova de Gaia e cruza o Douro entre 5 e 7 noites.
Um lugar incrível pra almoçar na região é o restaurante DOC by Chef Rui Paula. Situado na estrada entre Régua e Pinhão, uma das mais belas rotas panorâmicas do país, destaca-se pela arquitetura contemporânea. O edifício assenta sobre estacas e prolonga-se num deck de madeira com uma vista deslumbrante sobre o rio Douro, proporcionando uma experiência gastronômica em perfeita harmonia com a paisagem.
Visitamos ainda a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo com prova de Vinhos. Situada no coração do Douro, é uma propriedade histórica do século XVIII, com 120 hectares dedicados à viticultura. Entre vinhas centenárias e encostas xistosas (tipo de rocha) alia tradição e inovação para produzir vinhos de grande qualidade. É possível conhecer os lagares de granito, adega histórica e túneis de envelhecimento.
É referência no enoturismo nacional. A Quinta recebe milhares de visitantes todos os anos num ambiente autêntico e fiel à alma do Douro. Tem ambientes lindos pra gente desfrutar de um excelente vinho e degustar de deliciosas tapas da região. Você pode fazer a visita guiada com provas de vinhos, no Patamar Wine Shop & Bar, com vista panorâmica. A visita dura cerca de 1h30 para grupos de até 25 pessoas com reserva antecipada.
De abril a outubro, os horários são: 10h45, 12h15, 15h30 e 17h30; de novembro a março, às 10h45, 12h15 e 15h30. A prova Douro Clássica com visita guiada custa 36 euros; a prova Dois Terroirs com visita guiada sai por 42 euros; a prova Douro Reserva com visita guiada custa 70 euros e a prova Douro Icon com visita guiada sai por 150 euros.
Depois de dormimos nas famosas Casas de Coro Marialva, percorremos os arredores do hotel para conheceremos o Castelo Marialva, na vila de mesmo nome, nas proximidades da cidade Mêda, área de Foz Côa. Trata-se de uma aldeia histórica com ruas de pedra. Um vilarejo com menos de 200 habitantes, que nos faz parecer que voltamos no tempo.Lembro que toda estrutura que há neste lugar antecede o século XII. Bem junto ao hotel, está o castelo Marialva, que é aberto à visitação e custa 1,50 euro. A entrada é gratuita domingos e feriados. Por perto temos alguns restaurantes e lojas de souvenirs.
No castelo, é possível observar muralhas e ruínas. Bem no centro dele está uma área chamada Pelourinho, onde eram tomadas as decisões políticas à época. Lá também aconteciam as punições à vista de todos. Em volta, temos ruínas das construções que seriam o tribunal, a câmara e o presídio. Reza a lenda que Marialva era uma bela donzela que conheceu um nobre rapaz. Ele teria se apaixonado por ela e quis lhe presentear com sapatos mas não sabia o tamanho de seus pés. O sapateiro então colocou farinha entre os lençóis dá cama de Marialva para que ela ao pisar no chão deixasse as marcas de seus pés. Fez-se o sapato e descobriu-se que ela tinha pés pequenos como os de cabra. Ao receber o presente, a donzela percebeu que seu segredo havia sido revelado. Então, se jogou dá torre do castelo que leva seu nome.
Taboadella: distante 74Km, chegamos então à fantástica Quinta da Taboadella, composta pela Casa Villae (datada de 1255), da Wine House e da Adega, uma das mais emblemáticas obras de arquitetura da região, assinada pelo arquiteto Carlos Castanheira. A Adega é ampla, tem design bem arrojado e funcional. O ambiente aposta na sustentabilidade e na ligação com a Natureza em volta.
Rodeada por 41 hectares de vinha, que podem ser vistos a partir da varanda da adega, destaca-se por ter um passadiço sobre a sala de barricas, construído com madeira reciclada de florestas do Centro de Portugal. As castas mais antigas foram plantadas há 50 anos e constituem a base dos vinhos Taboadella. São os micro-terroris desta região de solos graníticos, onde a vinha tradicional não é regada, que dão esplendor aos seus vinhos. Tudo isso torna a experiência única.
As provas de vinho acontecem na Wine House. Casa Villae: já a Casa Villae refere-se ao ano em que foram encontrados os primeiros registos da Taboadella. A Quinta foi adquirida em 1998 pela família Amorim, que, depois do Douro e do Alentejo, estendeu o negócio dos vinhos à Região do Dão. Aqui já se fazia vinho no século I, o que se prova num antigo lagar romano (instalação utilizada para processamento de uvas) situado num rochedo.
A Casa Villae tem oito quartos, com capacidade total para 19 pessoas, além de salas, uma ampla cozinha toda equipada e uma adega. A locação acontece por todo o espaço independente da quantidade de pessoas. Custa 3.500 euros por 2 noites. Também há área para eventos de até 40 pessoas. A visita com provas de vinhos custa 27 euros. Já viu que este destino não dá pra ficar de fora a quem for conhecer Porto né? O Norte de Portugal é incrível e cheio de boas surpresas!
No quesito câmbio, o especialista Pedro Pragana, da Recife Câmbio, orienta a compra do euro mês a mês para diminuir riscos de perda. "Para uso emergencial, deve-se levar um valor em cash e indicamos o cartão global Daycoval para uso ao longo da viagem". Para não ficar desconectado, indicamos a operadora de telefonia OMEUCHIP, usamos o chip virtual que funcionou super bem. Não viaje sem Seguro Viagem, pois além de salvaguardar nossa vida e ajudar nos contratempos, é um dos documentos por vezes exigidos pela polícia alfandegária. Para viajar tranquilo, contratamos a INTERMAC.
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*O jornalista viajou a convite da Azul Linhas Aéreas, do Visit Porto and North e do Porto Convention and Visitors Bureau



