Inclusão tecnológica para as escolas do sertão pernambucano
Iniciativa do governo federal irá implantar 75 laboratórios em unidades de ensino da rede pública
Com o objetivo de disseminar o conhecimento científico e o letramento digital na educação básica, o programa Mais Ciência na Escola realizará a implantação de uma rede de 75 laboratórios em unidades de ensino da rede públicas do sertão pernambucano.
Contemplando atividades de linhas como robótica e automação, design e fabricação digital, internet das coisas e ciências ambientais e sustentabilidade, a iniciativa é uma ação conjunta entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o Ministério da Educação.
O projeto prevê que sejam atendidas quatro regiões de desenvolvimento de Pernambuco: Sertão do São Francisco (nos municípios de Petrolina, Afrânio, Lagoa Grande, Orocó, Parnamirim e Cabrobó), Sertão Central (Salgueiro, Cedro e São José do Belmonte), Sertão do Pajeú (Afogados da Ingazeira, Calumbi, Carnaíba, Flores, Quixaba, Tabira e Triunfo) e Sertão de Itaparica (Floresta, Jatobá, Carnaubeira da Penha, Itacuruba, Belém de São Francisco e Tacaratu).
Das 75 escolas, 50 são municipais e 25 estaduais | Foto: Erlan Alexandre/Folha de PernambucoO programa foi lançado oficialmente durante uma visita da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos ao IFSertãoPE – Campus Petrolina. A titular da pasta estava acompanhada do reitor do Instituto, Jean Carlos Coelho; do prefeito anfitrião, Simão Durando; do prefeito de Juazeiro-BA, Andrei Gonçalves, entre outras autoridades.
“Nosso plano é preparar jovens para esses mundo cada vez mais tecnológico e dinâmico. E, no governo do presidente Lula, estamos trabalhando para fazer crescer o país, com base nas nossas vocações, fortalecendo arranjos produtivos locais, e apostando no caminho do conhecimento, da inovação e da sustentabilidade. Esse desenvolvimento que estamos construindo no país com a Nova Indústria Brasil, amparado em bases tecnológicas, exige que a gente vá formando pessoas para esse novo tempo. E estamos fazendo isso”, afirmou a ministra.
Das 75 escolas, 50 são municipais e 25 estaduais. Dessas, apenas uma instituição de ensino é somente de nível médio, com as demais contemplando o ensino fundamental. Ainda sobre as unidades selecionadas, 20 estão localizadas na zona rural, 5 são quilombolas e 8 são indígenas.
A política de ações afirmativas implantada se estende à seleção de bolsistas que atuarão nas atividades do programa: 65,8% são meninas e mulheres, e 50% são para pessoas de baixa renda. O Mais Ciência na Escola ainda vai contar com parcerias com diferentes atores regionais.
Iniciativa permitirá o letramento digital nas escolas pernambucanas | Foto: Erlan Alexandre/Prefeitura de PetrolinaAlém das secretarias de educação municipais e estaduais, serão parceiras da ação instituições de ciência e tecnologia (ICTs) como a Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada, a Universidade de Pernambuco, a Universidade do Vale do São Francisco, a Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central, o SEBRAE e o SESI.
“Na lógica do programa Mais Ciência, quando a gente olha para o ensino fundamental, vemos algo muito significativo acontecendo. Hoje, já temos alunos do fundamental com currículo Lattes. Ele simboliza que esses meninos e meninas, que ainda nem chegaram ao ensino médio, já estão tendo acesso à ciência. Podemos dizer, com orgulho, que hoje, no sertão, estamos formando pequenos pesquisadores desde o ensino fundamental até a graduação”, comemorou o reitor Jean Carlos Coelho.



