Sáb, 06 de Dezembro

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Inclusão tecnológica para as escolas do sertão pernambucano

Iniciativa do governo federal irá implantar 75 laboratórios em unidades de ensino da rede pública

Projeto Mais Ciência na EscolaProjeto Mais Ciência na Escola - Erlan Alexandre/Prefeitura de Petrolina

Com o objetivo de disseminar o conhecimento científico e o letramento digital na educação básica, o programa Mais Ciência na Escola realizará a implantação de uma rede de 75 laboratórios em unidades de ensino da rede públicas do sertão pernambucano. 

Contemplando atividades de linhas como robótica e automação, design e fabricação digital, internet das coisas e ciências ambientais e sustentabilidade, a iniciativa é uma ação conjunta entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o Ministério da Educação.

O projeto prevê que sejam atendidas quatro regiões de desenvolvimento de Pernambuco: Sertão do São Francisco (nos municípios de Petrolina, Afrânio, Lagoa Grande, Orocó, Parnamirim e Cabrobó), Sertão Central (Salgueiro, Cedro e São José do Belmonte), Sertão do Pajeú (Afogados da Ingazeira, Calumbi, Carnaíba, Flores, Quixaba, Tabira e Triunfo) e Sertão de Itaparica (Floresta, Jatobá, Carnaubeira da Penha, Itacuruba, Belém de São Francisco e Tacaratu). 

Programa Ciência na Escola Das 75 escolas, 50 são municipais e 25 estaduais | Foto: Erlan Alexandre/Folha de Pernambuco

O programa foi lançado oficialmente durante uma visita da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos ao IFSertãoPE – Campus Petrolina. A titular da pasta estava acompanhada do reitor do Instituto, Jean Carlos Coelho; do prefeito anfitrião, Simão Durando; do prefeito de Juazeiro-BA, Andrei Gonçalves, entre outras autoridades. 

“Nosso plano é preparar jovens para esses mundo cada vez mais tecnológico e dinâmico. E, no governo do presidente Lula, estamos trabalhando para fazer crescer o país, com base nas nossas vocações, fortalecendo arranjos produtivos locais, e apostando no caminho do conhecimento, da inovação e da sustentabilidade. Esse desenvolvimento que estamos construindo no país com a Nova Indústria Brasil, amparado em bases tecnológicas, exige que a gente vá formando pessoas para esse novo tempo. E estamos fazendo isso”, afirmou a ministra. 

Das 75 escolas, 50 são municipais e 25 estaduais. Dessas, apenas uma instituição de ensino é somente de nível médio, com as demais contemplando o ensino fundamental. Ainda sobre as unidades selecionadas, 20 estão localizadas na zona rural, 5 são quilombolas e 8 são indígenas. 

A política de ações afirmativas implantada se estende à seleção de bolsistas que atuarão nas atividades do programa: 65,8% são meninas e mulheres, e 50% são para pessoas de baixa renda. O Mais Ciência na Escola ainda vai contar com parcerias com diferentes atores regionais. 

Iniciativa permitirá o letramento digital nas escolas pernambucanasIniciativa permitirá o letramento digital nas escolas pernambucanas | Foto: Erlan Alexandre/Prefeitura de Petrolina

Além das secretarias de educação municipais e estaduais, serão parceiras da ação instituições de ciência e tecnologia (ICTs) como a Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada, a Universidade de Pernambuco, a Universidade do Vale do São Francisco, a Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central, o SEBRAE e o SESI.

“Na lógica do programa Mais Ciência, quando a gente olha para o ensino fundamental, vemos algo muito significativo acontecendo. Hoje, já temos alunos do fundamental com currículo Lattes. Ele simboliza que esses meninos e meninas, que ainda nem chegaram ao ensino médio, já estão tendo acesso à ciência. Podemos dizer, com orgulho, que hoje, no sertão, estamos formando pequenos pesquisadores desde o ensino fundamental até a graduação”, comemorou o reitor Jean Carlos Coelho. 

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