Moda consciente nos festejos de São João
O jeans, a alfaiataria e as produções 100% algodão são apostas atemporais e resistentes
O brasileiro está entre os povos mais consumistas do mundo. Pesquisas mostram que, de um total de 195 países, somos o nono maior mercado de roupas e acessórios do globo. No rol de nações emergentes, ocupamos a quarta posição, atrás da Rússia, Índia e China. De acordo com dados da Opinion Box, por amostragem, 51% compram itens de moda pelo menos uma vez por mês. Mas será que todo esse volume é fruto de investimento na maneira correta, ou melhor, sustentável?
Romeica Batista, da rede de lojas Oplen e Dutz, aproveita o contexto da moda junina para destacar a importância da economia e dos cuidados com o meio ambiente. Ela alerta sobre a importância do consumo de peças que tragam conforto e qualidade. A ideia é sempre fazer o uso inteligente das peças de roupas para que ela tenha vida longa.
“As tendências sempre vão existir, mas é preciso analisar o que pode ser investido para uso a longo prazo e não apenas naquele modismo que surge, passa e depois fica como entulho no armário”, alerta a empresária que trabalha há cerca de 20 anos com moda.
Nesse sentido, não custa reforçar que aquela camisa xadrez poderá ser usada facilmente depois do São João, sendo uma das tendências deste inverno. Além disso, alfaiataria, produções 100% algodão e jeans, por exemplo, são atemporais, confortáveis e bem resistentes diante das lavagens, isso quer dizer que valem cada investimento, afinal serão usados posteriormente ao período junino.
“O jeans pode ser usado nas mais variadas lavagens e cai super bem para elas e para eles. É democrático e fica mais interessante em proposta toda jeans, com calça e camisa no denim ou mesmo saia e blusa”, orienta.
A empresária também enfatiza alguns modismos que têm a cara junina, mas que estarão presentes ao longo do inverno, como as franjas, as botas de diversos comprimentos e os tons terrosos em forte referência ao estilo country. Outras dicas de moda de Romeica para o São João, é o xadrez em versão monocromática, assim como o mix de estampas, tendo a interações com poás e arabescos.
“A moda é para todos, porém precisamos ter sempre em mente que nem tudo é bem-vindo no nosso dia a dia. Nossa sociedade precisa, de fato, repensar urgentemente os hábitos de consumo, que menos é mais. Bom senso e compatibilidade sobre como investir na aparência são questões importantes, inclusive, sobre o futuro e valores transmitidos às próximas gerações”, finaliza Romeica.