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TEATRO

"A Baleia", com José de Abreu, em curta temporada no Recife

A peça, texto original do dramaturgo norte-americano Samuel D. Hunter, ficará em cartaz no Teatro Luiz Mendonça, de hoje a domingo

José de Abreu interpreta o protagonista, CharlieJosé de Abreu interpreta o protagonista, Charlie - Foto: Divulgação

Chega, nesta quinta (31), ao Recife, em curta temporada, a peça “A Baleia”, que traz o ator José de Abreu como protagonista. O espetáculo, com direção e tradução de Luís Arthur Nunes, fica em cartaz até o próximo domingo (3), no Teatro Luiz Mendonça, em Boa Viagem. De hoje a sábado, às 20h; no domingo, às 18h.

“A Baleia” atravessa os tormentos de um homem que vive com obesidade e se isola do mundo, escondido em seu apartamento, em meio a um forte sofrimento psíquico, tentando reconstruir laços com sua filha adolescente. Temas como afeto, isolamento, culpa, intolerância religiosa, homofobia permeiam a densa narrativa da peça.

A produção tem cenografia assinada por Bia Junqueira, figurinos de Carlos Alberto Nunes, iluminação de Maneco Quinderé e trilha sonora de Federico Puppi.

“A Baleia”
“A Baleia” é um texto do dramaturgo estadunidense Samuel D. Hunter, escrito em 2012 e que ganhou notoriedade ao ser adaptado para o cinema, em 2022, com direção de Darren Aronofsky. 

Para a versão brasileira da peça, Luís Arthur Nunes quis manter a mesma intensidade dramática que o texto de Hunter ganhou nos palcos estrangeiros e no cinema.

“A peça nos fala de intolerância religiosa, homofobia, culpa, reconexão e empatia, sempre a partir de personagens humanos, complexos e cheios de contradições. É um material encharcado de emoção, e foi impossível não encarar esse desafio. Felizmente, estive cercado de um elenco extraordinário e de uma equipe artística e técnica da mais alta qualidade”, pontuou o diretor.

Charlie
Em cena, José de Abreu interpreta Charlie, personagem que conferiu o Oscar de Melhor Ator a Brendan Fraser, em 2023. Abreu assume esse papel de forte carga dramática após 12 anos longe dos palcos de teatro. Sua última peça, até então, havia sido "Bonifácio Bilhões", de 2013.

Charlie é um professor de inglês, um homem com obesidade, que pesa 270 kg e enfrenta severo sofrimento psíquico após a perda de um grande amor. Isolado em seu apartamento, Charlie empreende um processo de autodestruição, comendo compulsivamente. Ao longo desse processo, Charlie também tenta uma reaproximação com a filha adolescente, com quem deseja reatar laços antes de morrer.

“É uma pessoa que está à beira da morte e você tem que encarar que ele pode morrer a qualquer momento. Representar um personagem assim é uma coisa que exige do ator uma dose extra de dedicação. Ele mergulha nas coisas mais profundas do ser humano, navega por mares, por mim, nunca antes navegados. Sem dúvida nenhuma – e eu tenho 57 anos de teatro –, é o personagem mais difícil que eu já encontrei”, conta José de Abreu.

Para viver Charlie, José de Abreu passa por um cuidadoso trabalho de caracterização, que envolve uma prótese facial, a aplicação de enchimentos e climatização no figurino, para que o ator, de 79 anos, atravesse as quase duas horas de espetáculo. O trabalho de caracterização de Abreu fica a cargo do figurinista Carlos Alberto Nunes e da visagista Mona Magalhães.

Além de José de Abreu, no papel de Charlie, “A Baleia” também traz, no elenco, Luisa Thiré, Gabriela Freire e Eduardo Speroni, além da participação de Alice Borges.

SERVIÇO
“A Baleia”
Quando: Quinta (31) a domingo (3), às 20h (quinta a sábado) e às 18h (domingo)
Onde: Teatro Luiz Mendonça/Parque Dona Lindu - Av. Boa Viagem, s/n, Boa Viagem - Recife-PE
Ingressos: a partir de R$ 25, à venda no site do teatro
Instagram: @teatroluizmendonca

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