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Crítica: 'MIB: Homens de Preto - Internacional' é mais do mesmo

Estrelado por Chris Hemsworth e Tessa Thompson, novo filme da franquia acerta na dupla de protagonistas, mas se perde em roteiro trivial e confuso

Chris Hemsworth e Tessa Thompson apresentam dupla carismática em novo filme "MIB"Chris Hemsworth e Tessa Thompson apresentam dupla carismática em novo filme "MIB" - Foto: Sony Pictures/Divulgação

Todo reboot (reinício de uma obra de ficção) de uma franquia de sucesso carrega o peso das comparações. No caso de "MIB: Homens de Preto - Internacional", que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (13), há uma desvantagem clara em relação aos seus antecessores. Mesmo com uma nova dupla de protagonistas bastante carismáticos, o quarto filme da série de ação não consegue repetir o encanto proporcionado pelas produções anteriores.

Sem Tommy Lee Jones e Will Smith, que estrelaram os três primeiros longas-metragens, o novo filme aposta no entrosamento entre Chris Hemsworth e Tessa Thompson, já testado em "Thor: Ragnarok" (2017). Deixando os deuses nórdicos para trás, os atores vivem agora os agentes dos Homens de Preto. Na trama dirigida por F. Gary Gray ("Velozes e furiosos 8"), eles precisam lidar com um espião infiltrado na organização e que ameaça a missão de proteger a Terra das ameaças alienígenas.

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Molly, interpretada por Tessa, descobre a existência de extraterrestres ainda na infância, quando a memória dos seus pais é apagada. Aceita como uma agente MIB e rebatizada de M, ela é enviada para Londres, onde conhece o inconsequente agente H, vivido por Hemsworth. A combinação entre as duas personalidades rendem momentos engraçados, mas que não são suficientes para salvar o longa. Embora cativantes, os personagens carecem de complexidade. Outros grandes atores, como Liam Neeson e Emma Thompson, são desperdiçados em papéis pouco explorados.



Os efeitos especiais e as cenas de ação não deixam a desejar, mas não passam de uma embalagem bonita para um roteiro previsível e cheio de trechos confusos. Mesmo tentando ampliar os universos da franquia, levando trama para um cenário fora dos Estados Unidos, a sensação é de ter visto mais do mesmo. Se em 1997, quando o primeiro "MIB" estreou, os ETs, as armas curiosas, os óculos e os ternos pretos eram uma novidade para o público, agora já não causam nenhum impacto. Era preciso ir além da mera repetição desses elementos, coisa que o novo filme não conseguiu.

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