Sex, 05 de Dezembro

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DESPEDIDA

Filho de Preta Gil, Francisco Gil fala em velório sobre últimos momentos de vida da mãe

Cantora foi velada no Theatro Municipal do Rio nesta sexta-feira (25)

Francisco Gil se despde da sua mãe, Preta GilFrancisco Gil se despde da sua mãe, Preta Gil - Foto: Pablo Porciuncula / AFP

Em conversa com o Globo no velório de Preta Gil, que ocorre nesta sexta-feira (25), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o cantor e músico Francisco Gil, de 30 anos, único filho da artista — fruto do relacionamento com o ator Otávio Muller —, afirmou que a mãe passou os últimos instantes da vida "sempre como um sorriso no rosto", como ressalta.

Ele esteve ao lado dela ao longo de todo o período em que Preta permaneceu nos Estados Unidos, nos últimos meses, a fim de se submeter a um tratamento experimental e de ponta contra um câncer de intestino.

— Nesses últimos momentos, minha mãe estava sorrindo, sabe? Ela estava recebendo o acolhimento ali da gente. E era um acolhimento também do amor do público, que ainda chegava para ela — conta o filho, ao citar o carinho dos fãs da mãe. — Lá nos Estados Unidos, nesse período mais sossegado entre a família , continuava chegando essa energia, e isso continuava sendo um motor para ela. Ela sentia.

Uma fila com centenas de fãs de Preta Gil ocupa a Cinelândia nesta sexta-feira (25). Admiradores da artista prestam homenagens a Preta, com cartazes e faixas. Francisco Gil considera que o amor é o principal legado da mãe. Não à toa, a cantora fez questão que seu velório fosse "para cima". Ela montou uma playlist com músicas alegres que gosta e pediu para que a lista fosse reproduzida no loca. E assim a família fez.

— Acho que ela deixou essa lição em vida e isso se faz presente neste momento de passagem, de celebração à vida. É muito mais sobre a gente ver tudo que ela viveu e deixou e, então, celebrar - reforça Francisco. — Então, hoje é mais uma oportunidade de sentir isso.

Ele continua, comovido:

— É triste pra caralho. A gente não queria que nada disso tivesse acontecendo, mas a gente teve dois anos de muita luta, sabe? Então, de fato existia um sentimento muito genuíno no momento da notícia da morte. Foi como dizer: "Caramba, ela descansou". Minha mãe descansou porque, é isso, lutava pra proteger a gente também, sabe? Lutava pra poupar a gente de qualquer problema... Esta era uma sina dela. E ali nos Estados Unidos a gente teve a oportunidade de se despedir de um jeito misterioso, com eu tentando fazer com que ela não percebesse que se tratava de uma despedida também. Tentando... Mas a gente sentindo isso, assim. A gente tinha uma ligação, a gente se sentia durante a vida, foi sempre assim, a gente sentia um do outro. É isso, estou feliz por ela, por tudo que ela viveu, e agora é me prender a tudo na vida e no que ela fez de novo.

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