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Humberto Carrão se mantém calmo com a responsabilidade de "mocinho"
Intérprete de Tiago, em “A Lei do Amor” atribui sua evolução como ator às suas experiências de vida
O tom tranquilo permeia o discurso de Humberto Carrão. E todo o suposto glamour do universo televisivo parece passar longe do ator. Pela primeira vez em um folhetim das 21 horas, o horário de maior visibilidade da emissora, Carrão não se “abala” com a responsabilidade de interpretar o mocinho jovem da novela “A Lei do Amor”. “Acho que a minha evolução como ator tem a ver com o passar do tempo, com as experiências, com as pessoas que encontro, com os lugares que vou, com erros e acertos que cometo. Não tem a ver com o horário em que estou trabalhando, com certeza, não”, avalia.
Na história, Tiago foi criado pelos avós, Mág e Fausto, papéis de Vera Holtz e Tarcísio Meira. Por muito tempo, o rapaz esteve alheio a todas as artimanhas políticas e falcatruas envolvendo sua família. Até que, através do amor por Isabela (Alice Wegmann), começa a abrir seus olhos para a própria realidade. “Com o tempo e muito por causa da história de amor dele pela Isabela, que olha para o mundo de uma forma diferente, Tiago começa a perceber a relação da família com aquela sociedade e o lugar dele nisso”, salienta.
Grande parte do trabalho de composição de Carrão se baseou no fato de seu personagem ser uma pessoa do bem. Mas que, apesar de levar um tempo para enxergar o contexto de corrupção em que sua família está inserida, não é ingênuo. “O que me interessa nele é a ideia de ser um mocinho sem necessariamente ser aquele mocinho típico. Na vida, é assim, a pessoa não precisa ser boba para não perceber certas coisas ao seu redor”.

