Karla Sofía Gascón, enfim, receberá prêmio por atuação em Veneza, após polêmicas no Oscar
Atriz é homenageada por sua atuação como a protagonista de 'Emília Pérez'
Karla Sofía Gascón, enfim, será laureada por sua atuação como a protagonista de “Emília Pérez”. Depois de todas as polêmicas envolvendo o Oscar, que ocorreu em março, ela venceu o Prêmio Kinéo de melhor atriz internacional em Veneza.
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Durante a divulgação do filme, tweets antigos da atriz vieram à tona e repercutiram negativamente — o que influenciou as avaliações de sua indicação —, além de ela não ter sido chamada para compor a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, responsável pela cerimônia.
A atriz, que foi a primeira mulher trans indicada ao Oscar, deve chegar em Veneza neste fim de semana, quando participará de uma coletiva de impresa ao lado de outros homenageados, os artistas Aras Aydin, Monica Guerritore, Massimiliano Gallo, Tatiana Luter e Cristiana Capotondi.
Ela receberá o prêmio, que é entregue pelo Ministério do Patrimônio Cultural em parceria com a Associação Cultural Kinéo.
Entre vencedores de edições anteriores do prêmio estão Natalie Portman, Alba Rohrwacher, Susan Sarandon, Giancarlo Giannini, Bernardo Bertolucci, Dante Ferretti, Pier Francesco Favino, Ennio Morricone, Milena Canonero, Sienna Miller, Mads Mikkelsen.
Karla concorreu ao Oscar de melhor atriz ao lado de Fernanda Torres, Cynthia Erivo, Demi Moore e Mikey Madison, que saiu vencedora na categoria.
Mas polêmicas começaram a pipocar em torno de seu nome. Uma série de posts antigos da atriz no X, quando a rede ainda era conhecida como Twitter, viralizaram.
Os tweets polêmicos envolviam opiniões controversas sobre muçulmanos, George Floyd e até mesmo a diversidade no Oscar.
Primeira atriz trans indicada ao prêmio, Gascón chegou a achar o Oscar diverso demais no passado. Comentando a cerimônia de 2021, ela escreveu:
“Cada vez mais o Oscar parece uma cerimônia de filmes independentes e de protesto, eu não sabia se estava assistindo a um festival afro-coreano, a uma manifestação do Black Lives Matter ou ao 8M”, escreveu. “Além disso, uma gala feia, feia.”

