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documentário

"Nação Zumbi: No Movimento das Marés" estreia nesta sexta (18), no Canal Brasil

Dirigido por Aquiles Lopes e Leo Crivellare, a série documental, com 4 episódios, foca na trajetória da banda pós-Chico Science

"Nação Zumbi: No Movimento das Marés" estreia nesta sexta (18), no Canal Brasil"Nação Zumbi: No Movimento das Marés" estreia nesta sexta (18), no Canal Brasil - Foto: Divulgação

Após 30 anos, o Manguebeat segue reverberando, e mais um capítulo dessa história estreia hoje, na tevê. Vai ao ar, às 19h30, no Canal Brasil, o primeiro episódio da série documental “Nação Zumbi: No Movimento das Marés”, dirigida por Aquiles Lopes e Leo Crivellare.

Os quatro capítulos, de 25 minutos cada, perfazem a trajetória da Nação Zumbi, desde os primórdios do Movimento Mangue até os dias atuais, passando pelo processo de evolução da banda e dos seus integrantes pós-acidente e morte de Chico Science.

A série traz depoimentos de integrantes da NZ e dos seus ex-integrantes Pupillo (egresso em 2018) e Lúcio Maia (em 2022) – , além de artistas, produtores e jornalistas, como Fred Zeroquatro, HD Mabuse, Renato L., Charles Gavin, Liminha, Cannibal, Frejat, Karina Buhr, Bi Ribeiro, Lorena Calábria, Edgard Scandurra, Alice Pellegatti, Marcelo D2, Arthur Dapieve e Rogerman.

No Movimento das Marés
“Nação Zumbi: No Movimento das Marés” tem como diferencial, em relação a outras produções sobre o Manguebeat, o fato de voltar os olhares para a banda, especialmente no período pós-Chico Science.

“A gente sempre teve essa percepção de que todos os materiais que tinham sido feitos sempre focavam muito no período até Chico. E a Nação não se resume só a esse período, muito pelo contrário, a banda seguiu uma carreira brilhante, com discos incríveis, e a gente queria mostrar um pouco desse lado pós-Chico Science”, diz Leo Crivellare.

“Quisemos mostrar que é uma banda que segue atual, com outros projetos… que segue, como diz Frejat, num determinado momento, ampliando o repertório de assuntos também, né? Colocando outros assuntos e mudando sua sonoridade, sempre e constantemente. Então, isso era algo que a gente achava importante também imprimir no material”, complementa Aquiles Lopes.

Episódios
Os depoimentos para “Nação Zumbi: No Movimento das Marés” foram gravados entre 2022 e 2023. Ao longo dos quatro episódios, a série também é atravessada por imagens da Nação Zumbi em sessões de gravação no antológico estúdio Abbey Road, dos Beatles, em 2017. O material permanecia inédito, até então.

O primeiro episódio mostra trechos da tour europeia de 2017 – que ensejou as sessões no Abbey Road – e traz, também, o surgimento da banda com a explosão do Manguebeat, sua ascensão, a gravação de “Da Lama ao Caos” (1994) e “Afrociberdelia” (1996) até a morte precoce de Chico Science, em 1997.

No segundo episódio, a série mostra o reerguimento da Nação Zumbi após a partida de Chico e faz um voo panorâmico sobre os discos que a banda gravou nessa fase: “CSNZ” (1998), “Rádio S.Amb.A.” (2000), “Nação Zumbi” (2002), “Futura” (2005), “Fome de Tudo” (2007), “Nação Zumbi” (2014), “Radiola NZ Vol. 1” (2017).

Nos relatos dos integrantes, o terceiro episódio mostra como funciona o trabalho de composição da Nação, e os projetos paralelos que cada um deles desenvolveu – Jorge Du Peixe com seu álbum solo, “Baião Granfino”; a banda Los Sebosos Postizos, com releituras de Jorge Ben, por exemplo – assim como pontua as saídas de Pupillo e Lúcio Maia.

O quarto e último episódio vai até às raízes de cada integrante, mostrando como a música entrou na vida deles. Também, os entrevistados refletem sobre a potência, sonoridade e relevância da Nação Zumbi desde o seu surgimento até os dias de hoje.

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