Ney Matogrosso regravou trecho de música para cena de 'Homem com H' do jeito que cantava para Cazuza
Quando Cazuza (1958-1990) estava nas plateias dos shows do intérprete, ele alterava a letra de 'Pro dia nascer feliz'
Esmir Filho, diretor de "Homem com H", cinebiografia de Ney Matogrosso em cartaz nos cinemas, compartilhou uma curiosidade dos bastidores do longa. Em uma das cenas do filme, quando Ney (interpretado por Jesuíta Barbosa), está cantando "Pro dia nascer feliz" em um show e vê Cazuza (1958-1990) na plateia, ele altera o refrão da música. Foi o próprio Ney quem regravou esse trecho. Esmir explicou o porquê:
"Toda vez que Cazuza estava na plateia dos seus shows, Ney Matogrosso cantava: “f*dia pra ser feliz!”. Para realização dessa cena no filme, pegamos o fonograma original da canção, apagamos a voz de Ney cantando “pro dia nascer feliz” e o próprio Ney gravou em estúdio essa frase que exalta o prazer e pulsão de vida!", contou o diretor, antes de agradecer a equipe responsável pelo trabalho musical no longa.
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"A supervisão musical feita pelo time AMABIS: Mariana Amabis e Isabel Ferreira Brant, responsáveis por todas as negociações, Rica Amabis e Gui Amabis, que assinam a trilha original e estiveram à frente na montagem e coordenação das bandas no set de filmagem. Que linda parceria!", concluiu o texto, com um vídeo do momento em que Ney está dentro do estúdio, regravando o tal trecho.
"Homem com H" já ultrapassou a marca de meio milhão de espectadores nos cinemas. A atuação de Jesuíta Barbosa na pele do cantor tem arrancado elogios do público e da crítica.
"Como 30 segundos de qualquer imagem de arquivo de Ney Matogrosso no palco bastam para cristalizar a percepção que ele deixou no imaginário coletivo das últimas décadas, reproduzi-lo ficcionalmente sem esbarrar na caricatura seria um desafio e tanto. É aí que entra Jesuíta Barbosa. Sua interpretação antológica e comovente é sem paralelos nas cinebiografias de músicos brasileiros. A intensidade com que se expressa tanto com o corpo quanto com o olhar é um convite irresistível a mergulharmos na alma do homem que move o artista", destaca o crítico do GLOBO Marcelo Janot.

