Novos estilistas passam a fazer parte do Marco Pernambucano da Moda
Ao todo, espaço na Rua da Moeda passa a expor a produção de 25 estilistas locais
Novas marcas estão se incorporando ao espaço do Marco Pernambucano da Moda. De acordo com Fredi Maia, que é o presidente executivo do Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções em Pernambuco (NTCPE), agora o Marco passa a contar com 25 estilistas de roupas e acessórios. "Alguns deles estão incubados ou passaram pelo processo em momentos anteriores, e outros foram convidados a participar", explica.
Para fazer parte do grupo de empreendedores que compõem o Marco (um verdadeiro centro de referência em moda para Pernambuco e região), é preciso passar por uma curadoria e demonstrar que os produtos têm uma história e uma identidade, atendendo a critérios técnicos como design, estilo, sustentabilidade e inovação.
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"Além da incubação, prestamos assessoria nas áreas de gestão, criação, desenvolvimento de peças, produção, qualidade, marketing, branding e comercialização", enumera Fredi.
Fredi Maia é o presidente executivo do Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções em Pernambuco (NTCPE) - Crédito: Anderson Stevens / Folha de Pernambuco
Entre as ações constantes do Marco da Moda, estão palestras com nomes nacionais ligados ao segmento. O encontro mais recente foi com André Carvalhal, diretor criativo da marca carioca Ahlma (ligada ao Grupo Reserva). Carvalhal falou sobre "Moda Com Propósito”. Em palestras anteriores, nomes como Ronaldo Fraga e Alexandre Herchcovitch também partilharam suas trajetórias e dicas com os empresários e estudantes de moda.
Estilistas aprovam resultados
"Fui selecionada para integrar o Marco em 2017. Tudo melhorou, em todos os aspectos. Consegui estabelecer maior identidade nas peças, ousar mais. Estou vendendo bem melhor e me dedicando exclusivamente à marca", conta a publicitária e ourives Marina Pordeus, da marca Soy Marina.
"Estamos desenvolvendo novos aspectos de nossos produtos, e a experiência de incubação tem ajudado a entender melhor o mercado, nos diferenciando através de uma linha mais casual", diz por sua vez o designer Manuel Henrique, da marca Voador.
A empresa de Natália Tapety cresceu e se subdividiu após ela passar pela experiência da incubação no Marco. Segundo Kátia Tapety, mãe e sócia da arquiteta, agora as peças do Studio Lama são vendidas no Brasil e no Chile, onde Natália mora há cerca de um ano e meio.
"A coleção nova é inspirada tanto no sertão pernambucano como nas montanhas chilenas", aponta. Natália está estudando ourivesaria, trabalhando com prata e acrílico e inserindo novos metais em suas peças. "A incubação foi maravilhosa, especialmente a parte gerencial, de planejamento. A criação ela já tinha", atesta Kátia.
Ana Rakhael Pereira, sócia da grife Dona Quitéria, diz que a experiência tem representado um incentivo muito grande para a marca, que procura oferecer "as mesmas peças para corpos diferentes", indo do PP ao plus size. "Nossa proposta é vestir todo mundo, sem rótulos, e as dicas sobre produção, atendimento e reforço de identidade foram essenciais", afirma.
Até quem já tem uma trajetória mais longa se beneficia do espaço. É o caso da empresária Ana Lúcia Costa, proprietária da grife Praiana. "Criamos moda com estamparia exclusiva com motivos do nordeste, fazendo uma leitura fashion dos elementos regionais e utilizando tecidos nobres e acabamento de primeira", descreve ela. A marca tem 15 anos e não passou por incubação, mas por conta de sua produção criativa e diferenciada, Ana Lúcia foi convidada para integrar o grupo que expõe no Marco.
O espaço funciona na Rua da Moeda, 46, no Bairro do Recife, e abre de terça-feira a domingo, das 10h às 19h.

