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O livro "O sambista perfeito", de Marcos Salles, conta a história de Arlindo Cruz

Lançado pela Editora Malê, para a obra oautor falou com Maria Bethânia, Zeca Pagodinho, Maria Rita, Regina Casé

Arlindo Cruz sofreu um AVC em 2017Arlindo Cruz sofreu um AVC em 2017 - Foto: Reprodução/Instagram

Quem mais gravou músicas de Arlindo Cruz? Qual o parceiro mais frequente de Arlindo Cruz em músicas gravadas? Que cantor mais participou dos álbuns e dos DVDs de Arlindo Cruz? Quantas músicas de Arlindo Cruz foram gravadas pelo Fundo de Quintal? Essas são algumas das curiosidades relacionadas no livro “O sambista perfeito”, biografia do cantor e compositor Arlindo Cruz, escrita pelo jornalista Marcos Salles, que está saindo pela Editora Malê.

O pré-lançamento foi na Bienal no Livro, com tarde de autógrafos concorrida no estande da editora. O lançamento oficial aconteceu no, 7 de julho, na Livraria da Travessa, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro

O autor falou com 120 pessoas, como Maria Bethânia, Zeca Pagodinho, Maria Rita, Regina Casé, a esposa Babi, filhos e familiares. O livro também fala da história de amor entre Arlindo e Babi – Bárbara Cruz. “Se formos falar de superação, Arlindo Cruz é um negro e gordo, que foi pobre e venceu. Compositor com mais de 700 músicas gravadas, cantor que viajou o mundo, e músico que fez cerca de 3.000 gravações tocando seu banjo”, exalta Salles, que foi intimado pela própria Babi a escrever a biografia no início de 2021.

“Já queria fazer o livro do Arlindo, mas tinha ouvido dizer que alguém estava fazendo. Fiquei, então, na minha. Até que a Babi me intimou a fazer. Não foi um convite. Ela disse que só eu poderia fazer o livro dele. Já que era só eu, aceitei”, revela Salles.

O livro começa pelos dias que antecederam o AVC sofrido por Arlindo no dia 17 de março de 2017, quando foi internado. Marcos Salles inicia a biografia contando o que Arlindo faria, mas acabou não fazendo por causa do AVC. Em seguida, o livro volta no tempo, até a infância do músico.

“Falar de Arlindo Cruz é falar não só do samba, é da responsabilidade de escrever sobre a raiz da cultura carioca e brasileira. Pois Arlindo não é só um sambista, ele é o samba em toda sua amplitude: na religião, na comida, no dia a dia, na maneira de ver e conduzir a vida. Poucas vezes vi um artista tão coerente em seu discurso, tão verdadeiro com sua arte, e nunca vi ninguém tão generoso”, escreveu Rogê.

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