Processo de assédio sexual contra Lizzo avança, mas ela ainda planeja apelar
Além da acusação feita por ex-dançarinas, outras seis pessoas a acusaram de promover um ambiente de trabalho 'sexualmente carregado' e de
O processo de assédio sexual contra a popstar americana Lizzo movido por três ex-dançarinas vai avançar após o pedido de arquivamento da cantora ser negado pela Justiça americana. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (2) por um juiz do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles. O advogado das ex-dançarinas se diz satisfeito com a decisão. Do outro lado, o porta-voz de Lizzo ressalta o fato de o juiz ter rejeitado parte das acusações – que, entre outras coisas, mencionava uma sessão de fotos nuas –, e diz que planeja “apelar de todos os elementos que o juiz optou por manter no processo”.
“As reivindicações de discriminação sexual, religiosa e racial, o assédio sexual, as visitas humilhantes ao 'Bananenbar' em Amesterdam e ao 'Crazy Horse' em Paris, o cárcere privado e a agressão permanecem. A decisão também sinaliza corretamente que Lizzo – ou qualquer celebridade – não está isenta desse tipo de conduta repreensível apenas porque é famosa. Agora esperamos conduzir a descoberta e preparar o caso para julgamento”, afirma o advogado Ron Zambrano, em comunicado enviado à People.
“Estamos satisfeitos que o juiz sabiamente tenha rejeitado a totalidade ou parte de quatro das causas de ação dos demandantes. Lizzo está grata ao juiz por ver através de grande parte do 'barulho' e reconhecer quem ela é – uma mulher forte que existe para elevar os outros e espalhar positividade. Planejamos apelar de todos os elementos que o juiz optou por manter no processo e estamos confiantes de que venceremos”, disse Stefan Friedman, porta-voz de Lizzo, ao Entertainment Tonight.
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As acusações se tornaram públicas em agosto do último ano. Na época, Lizzo foi às redes sociais para se defender. "Estes últimos dias têm sido dolorosamente difíceis e esmagadoramente decepcionantes. Minha ética de trabalho, minha moral e respeito foram questionados. Meu caráter foi criticado. Normalmente, escolho não responder a falsas alegações, mas estas são tão inacreditáveis e tão ultrajantes para não serem abordadas", escreveu em uma postagem no Instagram.
"Estas histórias sensacionalistas estão vindo de ex-funcionários que já admitiram publicamente que foram informados que seu comportamento era inapropriado e antiprofissional", continuou.
Relembre o caso
- As dançarinas Arianna Davis, Crystal Williams e Noelle Rodriguez alegam que Lizzo tenha cometido assédio sexual, religioso e racial, discriminação por deficiência, agressão e prisão ilegal contra elas
- Davis e Williams foram demitidas, enquanto Rodriguez renunciou
- As denunciantes afirmam que a diva pop pressionou as dançarinas a interagir com pessoas nuas em um show, no distrito da "luz vermelha" de Amsterdã
- Elas também afirmam que a líder do corpo de balé, Shirlene Quigley, costumava fazer comentários sexuais e proselitismo por suas crenças cristãs, especialmente contra o sexo antes do casamento
- Sophia Nahli Allison, ex-diretora do documentário da cantora de 2019, veio a público expressar seu apoio às denúncias em andamento. Allison afirmou que as acusações encontradas no processo são reais e ela mesma testemunhou que Lizzo é “arrogante, egocêntrica e cruel”. Ela detalhou que sua experiência trabalhando com a cantora a levou a se afastar do projeto, pois foi tratada com desrespeito e pouco apoio
- Courtney Hollinquest, uma ex-dançarina que trabalhou com Lizzo confirmou que também sofreu assédio da equipe da cantora.
- Ex-diretor criativo de Lizzo, Quinn Wilson, afirmou que encontrou situações semelhantes enquanto trabalhava com a cantora
- Beyoncé substituiu o nome de Lizzo em música que homenageia diversas artistas na turnê Renaissence. No lugar, cantou "Badu badu badu"
- Mais seis pessoas a acusaram de promover um ambiente de trabalho "sexualmente carregado", além de não ter pago funcionários

