Terraplana, Test e Deaf Kids, Àiyé e mais se apresentam no Darkside Studio, neste domingo (30)
O guitarrista Vinícius Lourenço fala sobre as expectativas do primeiro show da banda paranaense na capital pernambucana
A LIFES e a Precarian Takes promovem encontro com a cena underground brasileira neste domingo (30), no Darkside Studio, a partir das 16h. Entre as atrações divulgadas está a banda Terraplana, pela primeira vez no Recife, sendo uma das expoentes de uma programação diversificada para agradar a todos os estilos.
Leia também
• Anitta se recusa a fazer show de fim de ano no RN por cachê pago com dinheiro público
• Lenine lança álbum de estúdio após 10 anos com tom de celebração ao Nordeste
As bandas Test e Deaf Kids apresentam o disco colaborativo "Sem Esperanças" e Àiyé - projeto da baterista Larissa Conforto - convida Caetana e Sofia Freire para participar do show. Completam o evento o trio recifense formado por Dimitria, Iara e Mayara, além de BenkesDJ, o guitarrista do Boogarins, com música eletrônica ao vivo. Ingressos a partir de R$ 40 no Shotgun.
Em entrevista à Folha de Pernambuco, Vinícius Lourenço (voz e guitarra) da banda curitibana Terraplana ressalta oportunidade de última hora de tocar no Recife e avalia ano do grupo - composto também por Cassiano Kruchelski (voz e guitarra), Stephani Heuczuk (voz e baixo) e Wendeu Silverio (bateria). Em março de 2025, os paranaenses lançaram o segundo álbum de estúdio, intitulado ''Natural'', reforçando a criatividade do conjunto que já integrou festivais como Primavera Sound e Balaclava Fest.
''Natural'' está incluído na lista de melhores discos nacionais de 2025 feita pela reportagem da Folha de Pernambuco no primeiro semestre. (Lista completa).
Com shows anunciados em Fortaleza (27/11) e Natal (29/11), Terraplana confirmou a vinda pela primeira vez ao Nordeste. Felizmente as novidades continuaram e na última semana Recife foi incluído no itinerário da banda, encerrando a turnê pela região neste domingo (30). ''Entramos de penetra na festa'', expressa Vinícius.
A previsão é que o show no Darkside tenha entre 45 minutos e uma hora. Além de canções de ''Natural'', a banda promete trazer faixas do EP e do primeiro álbum porque é justo com o público ''tentar mostrar tudo''. Desde o início construindo uma identidade sonora, Terraplana se destaca na experimentação de guitarras com efeitos de distorção e vocais etéreos, características do shoegaze - subgênero do rock alternativo.
Ascensão
Criada em 2017, Terraplana surgiu com o EP ''Exílio'' (2017), mas foi o primeiro álbum, ''Olhar pra trás'' (2023), que fez a banda se destacar na cena brasileira de rock. Com o lançamento do segundo disco, o ano de 2025 tem sido o mais corrido da carreira dos paranaenses até então.
Foram 43 shows na agenda, rodando o Brasil inteiro, incluindo apresentações inéditas no Norte (Belém) e no Nordeste (Fortaleza, Natal e Recife). Terraplana celebra o momento e expansão do repertório, além de entender o tamanho das conquistas como um ''marco muito grande para qualquer banda, ainda mais do underground''. O grupo também está confirmado como atração do Lollapalooza Brasil 2026.
''A gente tem um leque maior nos shows que tem sido mais diversos, misturando momentos calmos, psicodélicos, barulhentos e pesados’’, ressaltou Vinícius que tem curtido tocar ao vivo ''Morro Azul'' e ''S.N.C'', ambas faixas de ''Natural''.
Expectativa
Realizando o sonho de vir tocar no Nordeste com a banda, o guitarrista está animado para conhecer o público recifense no show.
''A primeira vez é sempre louca. É legal ver como as pessoas reagem’’, expressou.
Tendo como referência a banda My Bloody Valentine, Terraplana tem o ao vivo como um espaço para explorar sonoridades diferentes das criadas no estúdio. ''É legal você ter duas formas de ouvir a banda. No show é uma experiência diferente porque você sente o som mais alto'', revelou o guitarrista.
Fora dos palcos
Terraplana vai ter a segunda-feira (1°) livre para turistar por Recife e as locações do filme pernambucano ‘’O Agente Secreto’’ estão no radar de Vinícius, que conheceu o centro da cidade, algumas igrejas e até as ladeiras de Olinda quando viajou para a capital pernambucana em outra oportunidade.
''Vai ser legal se a gente conseguir dar um tempo para visitar. É sempre legal conhecer a cidade através das pessoas que a gente encontra fazendo turnê porque você conhece a cidade de verdade'', disse.

