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MÚSICA

The Town: Bruce Dickinson e Capital Inicial se juntam à noite punk do festival

Vocalista do Iron Maiden e grupo de Brasília serão, ao lado do CPM 22, Supla & Inocentes, as atrações do festival paulistano em 7 de setembro, data que também terá Green Day, Iggy Pop e Sex Pistols

O vocalista do Iron Maiden, Bruce DickinsonO vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson - Foto: Reprodução/Instagram

Na noite desta quinta-feira, o festival The Town anunciou as atrações que completam a programação principal do dia 7 de setembro: o vocalista do grupo inglês Iron Maiden, Bruce Dickinson, e o grupo brasileiro Capital Inicial são as novidades do palco Skyline, ao lado dos anteriormente anunciados Green Day (lenda americana do punk-pop, com mais de 30 anos de carreira) e os ingleses do Sex Pistols (tidos como um dos inventores do punk, nos anos 1970) com seu novo vocalista, Frank Carter.

Enquanto isso, no palco The One, o grupo paulistano CPM22 (sucesso do rock no começo do novo milênio) e a junção inédita dos Inocentes (banda dos primórdios do punk no Brasil, que gravou o histórico disco “Pânico em SP”) com o cantor Supla (o Papito, que desde os tempos do grupo Tokyo, nos anos 1980, batalha contra a pecha de punk de boutique) se somam a duas atrações também já anunciadas: o cantor americano Iggy Pop (o avô do punk, aos 77 anos de idade) e a cantora baiana Pitty.

 

Em sua segunda edição, The Town (festival dos mesmos criadores do Rock in Rio) volta a São Paulo nos dias 06, 07, 12, 13 e 14 de setembro do ano que vem, em palcos montados na Cidade da Música, no Autódromo de Interlagos.

Junto com os anúncios musicais desta quinta, o evento confirmou a estreia em São Paulo da Esquadrilha Céu. Sucesso na edição de 40 anos do Rock in Rio, em setembro desde ano, os aviões comandados por experientes pilotos formarão um balé no espaço aéreo próximo ao Autódromo de Interlagos, nos dias do festival. Eles realizarão diversas acrobacias, sincronizadas com pirotecnias e com um show de fumaça cenográfica nas cores que simbolizam The Town.

Recém saído de uma turnê com o Iron Maiden (que terminou em São Paulo, na semana passada, com a despedida dos palcos do baterista Nick McBrain), Bruce Dickinson, de 66 anos, lançou este ano o seu sétimo álbum solo, “The Mandrake Project”, o primeiro em quase 20 anos (o anterior tinha sido “Tyranny of Souls”, de 2005).

Álbum conceitual, planejado para ser acompanhado por uma revista de história em quadrinhos, “Mandrake” foi apresentado por Bruce no Brasil, em shows, este ano. Com faixas como “Afterglow of Ragnarok”, “Many doors to hell”, “Resurrection men”, “Rain of the graves”, ele não foge ao heavy metal clássico cunhado pelo cantor ao lado do Iron Maiden.

Fundado em Brasília, ha 42 anos, dos escombros da banda punk Aborto Elétrico (liderada por Renato Russo, que dali saiu para formar a Legião Urbana), o Capital Inicial se tornou, ao longo das décadas, umas das mais conhecidas bandas do rock brasileiro. Depois de reinventar-se algumas vezes — com mais sucesso no álbum “Acústico”, de 2000 — e de ser atração de algumas edições do Rock in Rio (entre elas, a mais recente, deste ano), eles chegam ao paulistano The Town com muita disposição para enfileirar hits como “Natasha”, “À sua maneira”, “Primeiros erros” e “Música urbana”.

— Vou ficando nervoso por antecipação! São Paulo é a cidade mais roqueira do Brasil, é onde estão os nossos maiores fã clubes... tenho certeza que grande parte do nosso público vai estar ali presente, então o meu sangue já começa a ferver meses antes do evento acontecer — diz o cantor Dinho Ouro Preto.

Dinho admite que o Green Day "também faz parte da trilha sonora das nossas vidas", mas confessa que o corpo estremece mesmo é diante de Iggy Pop e Sex Pistols.

— Crescemos ouvindo esses dois! A gente fez até uma versão de “The Passenger”, do Iggy, que virou “O passageiro” (um dos grandes sucessos do Capital Inicial). Não sei se ele chegou a ouvir, mas eu queria poder mostrar a ele — conta. — E só para ter uma ideia, o Loro Jones, que tocava guitarra no Capital, pegou esse sobrenome do Steve Jones, guitarrista dos Pistols, de tanto que a gente ouvia eles. São heróis, são pessoas que eu sigo até hoje. Poder ver o show dos caras, meu, vai ser inacreditável, vai ser surreal!

Presidente da Rock World, empresa que criou e organiza o The Town e o Rock in Rio e produz o Lollapalooza, Roberto Meddina garante que “vamos viver cinco dias mágicos em 2025” no festival paulistano:

— A Cidade da Música, além de respirar música nos palcos, é um verdadeiro parque de entretenimento, carregado de muita cultura e arte. Uma energia fantástica de que tanto estamos precisando. O espetáculo aéreo da Esquadrilha Céu vai deixar a festa ainda mais emocionante. Vimos os shows arrepiantes que eles fizeram no Rock in Rio e, agora, estamos levando os aviões para São Paulo. Será inesquecível e um marco na história do The Town.

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