Viúva de Alexei Navalny pede que Itália cancele concerto de maestro apoiador de Putin
Yulia Navalnaya escreveu artigo no jornal La Repubblica pedindo que país não permita que Valery Gergiev se apresente em festival de música na Catânia
Yulia Navalnaya, viúva de Alexei Navalny, líder da oposição russa morto em fevereiro de 2024, pediu qye a Itália cancele um concerto de Valery Gergiev, mastro russo apoiador de Vladimir Putin.
O regente tem uma apresentação programada no festival Un’Estate da Re, no palácio de La Reggia di Caserta, na Câmpania, em 27 de julho - caso aconteça, será a
Valery Gergiev é um entre muitos artistas russos que não tem se apresentado no Ocidente desde o início da ofensiva do país contra território ucraniano. Caso se apresente na Itália, o país terá rompido um boicote europeu a artistas pró-Kremlin.
Em artigo publicado no jornal La Repubblica nesta terça-feira (15), Yulia Navalnaya afirma que a apresentação de Gergiev no festival seria “um presente para o ditador”. Segundo ela, o maestro não era apenas um “amigo íntimo” e apoiador de Putin, mas também um “promotor” das “políticas criminosas” do presidente russo.
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“Como é possível que, no verão de 2025, três anos após o início do conflito na Ucrânia, Valery Gergiev — cúmplice de Putin e pessoa incluída nas listas de sanções de vários países — tenha sido subitamente convidado para a Itália para participar de um festival?”, escreve Navalnaya.
“Como é possível que, no verão de 2025, três anos após o início do conflito na Ucrânia, Valery Gergiev — cúmplice de Putin e pessoa incluída nas listas de sanções de vários países — tenha sido subitamente convidado para a Itália para participar de um festival?”, escreve Navalnaya.
Valery Gergiev, de 72 anos, tem uma reconhecida carreira na música de concerto, que o levou a reger em alguns dos principais palcos do mundo, como o Royal Opera House, em Londres, o Metropolitan Opera, em Nova York, e o Alla Scala, em Milão.
Seu apoio a Putin não é uma novidade, e o maestro endossou o líder em campanhas eleitorais, após a anexação da Crimeia em 2014, em um concerto em Palmira, na Síria, em 2016, após as forças russas ajudarem o ex-ditador sírio Bashar al-Assad a retomá-la, e mais recentemente, declarou seu apoio a Putin durante a invasão russa à Ucrânia.

