Antes de medidas, precisamos saber decisão efetiva de Trump sobre Brasil, afirma Haddad
Até o momento, não há sinal de reversão da tarifa de 50% prometida pelo presidente norte-americano
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou nesta quarta-feira, 30, que o governo só apresentará as ações para fazer frente ao tarifaço após saber efetivamente qual será a decisão dos EUA contra o Brasil. Está prevista para entrar em vigor já na próxima sexta-feira, dia 1º, a tarifa de 50% prometida pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Até o momento, não há sinal de reversão deste movimento.
"Essa semana foi uma semana melhor. E, se depender do Brasil, essa questão irá desaparecer", declarou o ministro, reafirmando que o problema foi gerado por pessoas "do próprio país", ao se referir a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O governo tem reiterado que a questão do Brasil é atípica, com contaminação política nas tratativas. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), um dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), falou abertamente que irá atrapalhar o processo de negociação.
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Conforme relatou ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a comitiva de senadores brasileiros nos EUA chegou inclusive a evitar a divulgação de suas agendas com receio de embargo do deputado federal licenciado.
Nesta quarta, o ministro da Fazenda reforçou que o plano de contingência sairá após dia 1º de agosto, se for efetivada a tarifa proibitiva contra o Brasil. Ele declarou ainda que as conversas vão continuar independentemente do prazo limite de sexta-feira.

