Dom, 07 de Dezembro

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AMÉRICA DO NORTE

Canadá não removerá tarifas a menos que todas as taxas dos EUA sejam eliminadas, diz a Bloomberg

Na terça-feira, primeiro-ministro Justin Trudeau disse que objetivo de Trump é destruir a economia canadense

Justin Trudeau, premier do CanadáJustin Trudeau, premier do Canadá - Foto: Dave Chan / AFP

O primeiro-ministro Justin Trudeau não está disposto a suspender totalmente o pacote de tarifas retaliatórias caso o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mantenha qualquer tarifa sobre o Canadá, segundo um alto funcionário do governo canadense.

Trudeau e Trump devem conversar na manhã desta quarta-feira, disse a fonte, que falou sob condição de anonimato.

De acordo com o funcionário, o governo de Trudeau não vê com bons olhos a ideia de um acordo intermediário na guerra comercial sugerido pelo secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick.
 

Em especial, qualquer cenário em que o Canadá tenha que remover completamente suas tarifas retaliatórias em troca de um recuo parcial das tarifas americanas será rejeitado por Trudeau, afirmou a fonte.

O funcionário não comentou se o Canadá reduziria parte de suas represálias caso Trump eliminasse algumas tarifas dos EUA.

Depois que Trump impôs tarifas de 25% sobre todas as importações canadenses para os EUA, com exceção de uma taxa de 10% sobre produtos energéticos, Trudeau respondeu imediatamente com tarifas que atingiram 30 bilhões de dólares canadenses (US$ 20,8 bilhões) em produtos americanos, incluindo cosméticos, pneus, frutas e vinhos.

As tarifas de retaliação do Canadá serão ampliadas para mais 125 bilhões de dólares canadenses em itens de exportadores americanos ainda em março. A segunda fase afetará veículos fabricados nos EUA, além de alumínio e aço.

Lutnick disse à Bloomberg TV na manhã desta quarta-feira que Trump está considerando aliviar tarifas para setores específicos, possivelmente incluindo o setor automotivo.

— Haverá tarifas, sejamos claros, mas o que ele está considerando é quais setores do mercado talvez ele possa aliviar até chegarmos, claro, a 2 de abril — disse Lutnick. — Acho que a solução ficará em algum ponto intermediário.

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