Com falência da Oi, como ficam as empresas de manutenção de rede e call center?
Justiça aceitou processo de recuperação judicial da Serede e da Tahto nesta segunda-feira

Em decisão paralela em que determinou a falência da Oi, a juíza Simone Gastesi, da 7ª Vara Empresarial, aceitou o processo de recuperação judicial da Serviços de Rede (Serede) e Brasil Telecom Call Center (Tahto). As duas empresas fazem parte do Grupo Oi e são responsáveis pela operação de campo de técnicos e de atendimento, respectivamente.
A Serede tem cerca de cinco mil funcionários e está com salários atrasados. A crise na Serede começou após clientes como a V.Tal, dona da Nio (antiga Oi Fibra) encerrarem o contrato com a empresa. Agora, especula-se que a TIM possa contratar a companhia. Enquanto isso, os funcionários então em greve, agravando ainda mais a situação.
Segundo a Justiça, as duas empresas terão 60 dias para apresentarem o plano de recuperação. No requerimento apresentado para a continuidade das suas atividades, as duas empresas relatam que, a despeito da crise financeira do Grupo Oi, são sociedades operacionalmente viáveis e que não dependem apenas das atividades de sua controladora para se manterem saudáveis.
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Foi determinado que, durante todo o processamento da recuperação judicial, as empresas deverão apresentar as suas contas administrativas mensais até o quinto dia útil do mês posterior, com cópia ao administrador judicial, sob pena de destituição dos seus administradores.
As empresas informaram que o fluxo de caixa não permitirá fazer frente às dívidas, que já somam mais de R$ 800 milhões. A maior parte é dívida trabalhista. A juíza considerou que a sociedade controladora (Grupo Oi), possui personalidade jurídica distinta de suas subsidiárias e a sua atividade é diversa da atividade exercida pelas subsidiárias.
Segundo a magistrada, a decretação da falência do Grupo Oi não vai impactar no processo das subsidiárias. A magistrada observa que as empresas possuem autonomia financeira.
