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Empresas dos EUA participam de reunião com governo Lula para discutir tarifaço de Trump

Encontro desta quarta (16) contou com a presença dos ministérios da Fazenda, Relações Exteriores e Secretaria de Comunicação

Ministérios da Fazenda, Relações Exteriores e Secretaria de Comunicação estão envolvidos na conversa com empresáriosMinistérios da Fazenda, Relações Exteriores e Secretaria de Comunicação estão envolvidos na conversa com empresários - Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Enquanto o governo de Donald Trump amplia a pressão comercial sobre o Brasil, representantes de gigantes americanas como Amazon, Coca-Cola, John Deere, Caterpillar e Cargill participam de uma reunião com autoridades brasileiras nesta quarta-feira (16), em Brasília, para discutir os rumos das relações bilaterais diante do novo clima de tensão entre os países.

A reunião desta quarta contou com a presença dos ministérios da Fazenda, Relações Exteriores e Secretaria de Comunicação — além de dirigentes de empresas com forte presença no mercado brasileiro.

O encontro aconteceu no mesmo dia em que veio a público o conteúdo do relatório do Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), que embasa a abertura de uma investigação contra o Brasil. O documento lista uma série de práticas supostamente desleais adotadas pelo país, incluindo o favorecimento ao Pix, a atuação das redes sociais, tarifas sobre etanol e desmatamento ilegal.

Entre os executivos presentes estavam Nayana Rizzo Sampaio, da Amazon Web Services; Gustavo Bonora Biscassi, da Coca-Cola; Ligia Dutra, da Cargill; Andrea Zámolyi Park, da Caterpillar; e Alfredo Miguel Neto, da John Deere. Também participaram líderes da General Motors, Corteva Agriscience, Johnson & Johnson e Dow.

Clima de tensão e busca por diálogo
A reunião ocorre em meio a uma escalada nas tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos, acirrada após a decisão do governo de Donald Trump de impor uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. A medida afeta setores como carnes, aviões, máquinas e produtos agrícolas.

Além disso, o relatório do USTR critica o Pix — sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central do Brasil — por supostamente favorecer serviços locais em detrimento de empresas estrangeiras.

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