Qui, 18 de Dezembro

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ECONOMIA

Governo chinês retomará diálogo com automotivo brasileiro para fornecer chips para veículos flex

Embaixador chinês comunicou vice-presidente Geraldo Alckmin sobre negociações na manhã deste sábado

Fábrica da Peugeot, da Stellantis, em Porto Real, no Rio de JaneiroFábrica da Peugeot, da Stellantis, em Porto Real, no Rio de Janeiro - Foto: Hudson Pontes

O governo da China informou que abrirá canais de diálogo com o setor automotivo brasileiro para evitar o desabastecimento de chips utilizados na produção de veículos flex no país. O embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, comunicou ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, sobre a decisão, na manhã deste sábado.

A preocupação com a escassez de semicondutores acontece por disputas internacionais entre China e Estados Unidos em torno da fabricação desses componentes, essenciais para a indústria automotiva.

Na última terça, Alckmin se reuniu com representantes da indústria e entidades de trabalhadores do setor, que solicitaram apoio do governo brasileiro em articulação com o governo chinês para garantir o fornecimento regular de chips ao mercado nacional. Durante o diálogo com a Embaixada da China, o vice-presidente pediu prioridade no atendimento às empresas brasileiras.

— A cadeia automotiva emprega 1,3 milhão de pessoas e tem impacto direto em outros setores, como o siderúrgico, químico, plástico e de borracha. Ainda precisamos observar como isso se concretizará na prática, mas demos hoje um passo importante para que a indústria automotiva brasileira continue crescendo e gerando empregos de qualidade — comentou Alckmin.

A preocupação com o fornecimento de chips ganhou força após a intervenção do governo holandês em uma empresa chinesa que atua na Holanda e detém cerca de 40% do mercado mundial desses componentes usados em veículos flex. Em resposta, Pequim suspendeu as exportações de semicondutores produzidos em fábricas localizadas na China.

Na última quinta, China e Estados Unidos anunciaram um acordo comercial, abrindo perspectivas para uma eventual normalização da produção e do comércio global de semicondutores.

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