Guedes critica guerra e sanções e defende organizações multilaterais
Ministro quer entrada do Brasil na OCDE e acordo com União Europeia
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, nesta terça-feira (12), que guerras e sanções econômicas representam uma volta ao passado e defendeu a importância das instituições multilaterais para que seja mantido o grau de civilização alcançado pelo mundo.
— Não podemos mergulhar no passado. No passado de guerras físicas, no passado de sanções econômicas, interrupção do fluxo de comércio, interrupção de investimentos — disse o ministro.
Para Guedes, a invasão da Rússia pela Ucrânia e as dificuldades impostas pela inflação (segundo ele, causada pela interrupção dos fluxos globais por conta da pandemia) reforça a importância dos organismos globais e da entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
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— Eu, como ministro da Economia do Brasil estou dizendo: o Brasil vai trabalhar sempre no sentido de reforçar os valores das instituições multilaterais, de abraçar, no caso específico agora, a OCDE. Vamos avançar em todas as frentes. Queremos o acesso à OCDE, queremos o acordo Mercosul-União Européia, para garantir a segurança alimentar e energética dessa grande comunidade de nações — disse.
O Mercosul fechou o acordo com a União Europeia, que ainda depende de aval dos parlamentos dos países.
Apesar das pressões de europeus e americanos, o Brasil não aderiu e nem planeja aderir às sanções contra a Rússia de Vladimir Putin, que o governo Jair Bolsonaro vem criticando nos seus votos nas Nações Unidas. Tanto no Conselho de Segurança — onde ocupa uma vaga rotativa por dois anos — quanto na Assembleia Geral, o Brasil tem votado pela condenação da invasão da Ucrânia, mas com posição crítica às sanções.
— Aumentou muito o risco geopolítico no mundo — disse Guedes, acrescentando: — Quando

