Haddad apresenta ao Senado prioridades na área econômica
Reunião discutiu esforços para evitar esvaziamento da pasta, e acontece após encontro com Hugo Motta sobre projetos estratégicos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil) se reuniram reúnem nesta terça-feira, na Residência Oficial da Casa, para discutir as prioridades da pasta em 2025.
Haddad disse que se o Brasil não crescer de forma sólida e sustentável, "tudo fica mais difícil".
Algumas das prioridades do governo para este ano incluem: o término da regulamentação da Reforma Tributária, regulamentação das big techs e ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil.
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Além de Haddad, os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Simone Tebet (Planejamento) também participaram.
— Lula foi eleito e Parlamento tem de estar ladeado com governo e ajudar na agenda — disse Alcolumbre. — Todos os gestos do governo foram de solidariedade e apoio institucional ao Parlamento
O presidente do Senado disse que os minisros conversaram sobre agenda proposta pelo governo e lembro que Haddad conversou com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre o assunto.
— Tenho certeza que essa facilitação da relação entre Senado e Câmara vai nos fazer colher bons frutos, e eu tenho certeza que a recíproca é verdadeira do governo para com o Parlamento — disse o chefe do Senado.
Orçamento
O adiamento da votação do Orçamento de 2025 para março tem freado o avanço de outras propostas econômicas do Executivo. Com isso, o ministro da Fazenda trabalha para evitar que a pauta econômica seja enfraquecida pelo Congresso.
Na semana passada, ele se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), para discutir o andamento de projetos estratégicos para a economia. Durante o encontro, apresentou 25 iniciativas, das quais 15 ainda aguardam aprovação do Legislativo.
Também deve ser discutida a questão dos vetos ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag) que os governadores de estados endividados querem derrubar.
Eles defendem a utilização do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR) para reduzir a dívida estadual e buscam isentar Estados em calamidade pública, como o Rio Grande do Sul, do cumprimento do teto de gastos enquanto perdurar a crise.
Governadores de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul têm pressionado Alcolumbre e Motta para que o tema seja pautado.

