Haddad cita peso de emendas e precatórios no Orçamento
Haddad cita peso de emendas e precatórios no Orçamento e diz que que política fiscal também é responsabilidade do Congresso e do Judiciário
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que o equilíbrio das contas públicas não depende apenas do Executivo. Durante o Macro Day 2025, evento do BTG Pactual realizado em São Paulo, ele destacou que o avanço das emendas parlamentares e o crescimento acelerado dos precatórios — dívidas judiciais da União — pressionam o Orçamento e exigem que Congresso e Judiciário compartilhem a responsabilidade pela política fiscal.
— Não estou fazendo juízo de valores aqui, mas temos R$ 50 bilhões de emenda parlamentar. Os precatórios, decisão judicial, não têm a ver com decisão tomada por este governo. Os precatórios praticamente dobraram de tamanho — disse Haddad.
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Segundo o ministro, a equipe econômica mantém diálogo com o Judiciário para explicar os impactos de decisões que ampliam despesas.
Haddad afirmou que o Orçamento de 2026 inclui despesas que não existiam em 2011, como mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e no Fundeb.
— Quase R$ 80 bilhões do orçamento do ano que vem é de mudança de critério do BPC e do Fundeb, R$ 170 bilhões do orçamento do ano que vem não existiam em 2011 — destacou.

