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Haddad defende continuidade do arcabouço em 2027 e diz que possível discutir "parâmetros"

O arcabouço fiscal estabelece que as despesas podem crescer até 2,5% acima da inflação todos os anos, a depender da arrecadação

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, disse não ter conversado sobre isso com o presidenteFernando Haddad, ministro da Fazenda, disse não ter conversado sobre isso com o presidente - Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quinta-feira a manutenção do arcabouço fiscal em um próximo governo, mas apontou que é possível discutir os parâmetros dele conforme a situação e o perfil de quem for eleito.

— A arquitetura do arcabouço fiscal eu manteria. Aí você pode discutir os parâmetros. “Vou manter o arcabouço, mas vou apertar mais, vou apertar menos”. À luz da evolução fiscal é uma coisa que, na minha opinião, vai acontecer — disse Haddad, salientando ser contra ideias como um teto de dívida. Ele disse não ter conversado sobre isso com o presidente.

O arcabouço fiscal estabelece que as despesas podem crescer até 2,5% acima da inflação todos os anos, a depender da arrecadação.

Para o ministro, o presidente Lula tem se mostrado satisfeito com os resultados econômicos produzidos por sua equipe e não se deve esperar guinadas em sua postura.

Na entrevista de fim de ano à imprensa, Haddad também destacou a vitória no flanco das medidas de arrecadação. Ele deixou em aberto a possibilidade de ajustes em medidas tributárias, como imposto de importação e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre criptomoedas, mas disse que não deve ter mais nada estrutural, exceto a proposta em torno do Imposto Seletivo criado pela reforma tributária.

Ainda no objetivo de gerar arrecadação, Haddad mencionou a possibilidade de mais transações tributárias, que ainda não estariam na conta do governo para 2026.

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