Haddad faz apelo para que brasileiros troquem dívidas caras por juros menores do crédito consignado
Ministro também pediu que população cobre congressistas para aprovação de reforma do IR
Em agenda com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu que os brasileiros renegociem dívidas "caras" por condições melhores com o crédito consignado para quem tem carteira assinada.
— Ao invés de se endividar, procure tocar a sua dívida cara por uma mais barata. [...] A prestação que você está pagando pode cair a metade se você usar o crédito consignado com a garantia do seu salário — afirmou o ministro, que participou de evento do Mercado Livre em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo.
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O ministro afirmou que, sem o consignado CLT, o trabalhador paga "duas, três vezes mais do que seria razoável". Ele destacou que os bancos públicos estão emprestando nessa modalidade com juros de 2,5% ao mês e que, com a entrada de bancos privados, a modalidade poderá ter juros ainda menores.
Em discurso de cerca de 10 minutos, o ministro disse que iria endereçar dois pedidos de Lula. Além de tratar do crédito consginado CLT, ele voltou a defender a aprovação, pelo Congresso, da reforma do Imposto de Renda (IR), que irá isentar quem ganha até R$ 5 mil por mês.
— É importante você falar com o deputado, com a deputada, com o senador, com quem você votou, com quem você confia. [...] É uma promessa do presidente Lula, de campanha, que ele quer honrar. Todo mundo que ganha até 5 mil reais de salário mínimo não vai pagar um centavo de imposto de renda. Um centavo — afirmou o ministro, a plateia de trabalhadores do galpão do Mercado Livre.
Em agenda pela manhã em Minas Gerais, também com Lula, o ministro já havia feito o mesmo apelo e dito que esperava que o Congresso Nacional votasse com "diligência” o texto.

