iFood inaugura ponto de apoio no Recife e projeta expansão do faturamento para este ano
Plataforma já possui outras 26 unidades de apoio ao entregador no país e previsão é chegar a 30 até o final de 2025
A plataforma de delivery on-line iFood inaugurou, nesta terça-feira (25), um novo ponto de apoio para entregadores no Recife, instalado no bairro do Pina, Zona Sul da cidade. A iniciativa chega em um momento em que a plataforma observa um desempenho positivo no estado, que deve superar, este ano, a movimentação econômica de R$ 1,6 bilhão registrada em 2024.
O novo espaço busca oferecer mais conforto e estrutura para os trabalhadores que realizam as entregas no Recife, funcionando como um local de descanso entre uma corrida e outra, onde é possível recarregar o celular, fazer uma pausa ou se proteger do sol e da chuva. O diretor de impacto social da plataforma, Johnny Borges, considerou que ampliando a rede de apoio na capital, o iFood poderá impulsionar ainda mais a produtividade dos entregadores e acompanhar o ritmo de crescimento da operação no Recife.
Questionado sobre se a criação dos pontos de apoio é uma resposta às reivindicações de entregadores por melhores condições de trabalho, Borges afirma que a iniciativa não nasce como reação a pressões. “Não está diretamente ligada às movimentações recentes. Mas sabemos que o ponto de apoio melhora, sim, as condições de trabalho. Por isso, buscamos o melhor modelo. Como empresa, temos um processo contínuo de escuta”, afirmou ele, em visita a redação da Folha de Pernambuco hoje.
Reivindicações
Desde 2021, o iFood enfrenta reivindicações dos trabalhadores que fazem as entregas da plataforma. Algumas das questões levantadas pelos entregadores são o aumento da taxa de entrega para R$ 10 e do valor do quilômetro rodado.
O espaço de descanso é equipado com copa, área de descanso, banheiros, estacionamento, TV e pontos de recarga, é gratuito e pode ser utilizado por profissionais de qualquer plataforma.
Segundo o diretor, a expansão desses espaços acompanha as necessidades dos trabalhadores que passam horas na rua. “É um espaço pensado para o entregador, mas qualquer profissional que está no dia a dia da rua pode usar para beber água, ir ao banheiro, descansar. Ele não precisa pedir favores a estabelecimentos. A estrutura é nossa, o aluguel é nosso e toda a operação é feita pelo iFood”, explicou.
Borges: "É um espaço pensado para o trabalhador" Foto: Matheus Ribeiro / Folha de Pernambuco.A empresa mantém três modelos de pontos de apoio: os próprios, os instalados em parceria com restaurantes e aqueles montados em conjunto com o poder público. Os pontos de apoio exclusivos não estão restritos às capitais. Cidades de grande demanda, como Campinas (SP), também recebem unidades.
“Campinas tem mais demanda que muitos municípios classificados como capitais. Então, nosso olhar não é só geográfico, é de densidade de entregadores e de necessidade real do território”, explicou o diretor.
Setor
O setor de entregas segue em crescimento acelerado no estado. Uma pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostra que, em 2024, a operação do iFood movimentou R$ 1,6 bilhão no PIB de Pernambuco, o equivalente a 0,54% da economia estadual, e gerou 37 mil postos de trabalho diretos e indiretos.
“O Recife é a principal cidade nesse movimento. Depois vem Caruaru, Jaboatão e outras. Quando olhamos 2023 e 2024, tivemos quase 30% de aumento na demanda. É uma expansão contínua”, afirma Borges.
Para 2025, o iFood espera repetir ou superar esse percentual. “A expectativa mínima é manter esse crescimento de 30%. Mas, historicamente, crescemos acima disso. O mercado brasileiro de delivery ainda tem muito espaço.”
Na mesma manhã da inauguração do ponto de apoio do iFood, o 99Food anunciou o início da operação de um novo hub de entregas na capital. Para Borges, a chegada de concorrentes não altera os planos da empresa.
“A gente vê a concorrência como parte natural do mercado. Existe espaço para todos. Nossas ações, como o programa Super Entregador, os investimentos em publicidade e a expansão das verticais de farmácia, bebida e mercado, aconteceriam de qualquer forma”, afirma.
Entregador
O programa Super Entregador, segundo ele, foi criado a partir de pedidos dos próprios trabalhadores. “Antes, todos eram tratados de forma igual na plataforma. Agora, quem se dedica mais horas tem benefícios maiores. Um entregador diamante, por exemplo, tem até a telefonia custeada pelo iFood.”
Além da infraestrutura, o iFood tem ampliado programas focados na saúde dos trabalhadores, um tema que, segundo o diretor, tem impacto direto na economia do delivery.
Borges destaca que todos os entregadores em atividade têm seguro, além de acesso a atendimentos jurídico e psicológico em casos de violência ou discriminação. A empresa também mantém parcerias com o Ministério da Saúde e com plataformas de consultas médicas e descontos em farmácias.

