Inflação de junho desacelera, mas acumulado em 12 meses chega a 5,35%, descumprindo meta contínua
Alimentação puxa desaceleração do índice, assim como a queda no preço dos combustíveis
A inflação de junho desacelerou para 0,24%, após alta de 0,26% em maio. O número veio acimada expectativa de analistas, que projetavam 0,20%. O preço dos alimentos, que já havia começado a dar folga em maio, foi um dos principais responsáveis pelo alívio em junho, assim como o reajuste no preço dos combustíveis. No entanto, no acumulado em 12 meses, o índice registrou 5,35%, descumprindo pela primeira vez a meta contínua.
Os resultados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira.
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No modelo de meta contínua, é considerado que a meta foi descumprida se a inflação acumulada em 12 meses ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses seguidos. A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo, ou seja, piso de 1,5% e teto de 4,5%.
Como a nova sistemática começou a valer em janeiro de 2025, quando a inflação em 12 meses já chegava a 4,56%, o resultado de junho marca o sexto mês consecutivo fora do limite.

