Qua, 17 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
BRASIL

Intenção de Consumo das Famílias sobe 4,9% em dezembro ante novembro, aponta CNC

Para a CNC, a reação do consumo no fim do ano reforçou um otimismo moderado no comércio

Resultados indicaram maior descontrole nos MPs estaduais que no MP da UniãoResultados indicaram maior descontrole nos MPs estaduais que no MP da União - Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

Os brasileiros ficaram mais propensos às compras em dezembro, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) cresceu 4,9% em relação a novembro, já descontadas as influências sazonais.

O resultado representou o segundo avanço consecutivo, subindo ao patamar de 98,6 pontos. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a intenção de consumo avançou 0,2% em dezembro de 2025 Segundo a CNC, a melhora recente reflete o impacto sazonal de datas como Black Friday e Natal, mas também um maior otimismo do consumidor no curto prazo.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) cresceu 2,3% em dezembro ante novembro, segunda alta consecutiva, já descontadas as influências sazonais. O indicador alcançou 101,7 pontos, maior nível desde agosto, na zona de otimismo (acima de 100 pontos). Na comparação com igual mês do ano anterior, o Icec recuou 5,9% em dezembro de 2025.

Para a CNC, a reação do consumo no fim do ano reforçou um otimismo moderado no comércio.

 

"O fim de ano continua sendo decisivo para o setor, pois ajuda a recompor a confiança dos consumidores e movimentar o comércio, mesmo em um cenário de juros elevados. A reação da intenção de consumo mostra a resiliência das famílias e o peso das datas sazonais para a economia", declarou o presidente da CNC, José Roberto Tadros, em nota.

Na passagem de novembro para dezembro, houve crescimento em todos os sete componentes da Intenção de Consumo das Famílias (ICF): emprego atual, alta de 4,1%, para 120,2 pontos; renda atual, 4,4%, para 117,6 pontos; nível de consumo atual, 5,8%, para 86,3 pontos; perspectiva profissional, 2,2%, para 106,6 pontos; perspectiva de consumo, 5,3%, para 100,9 pontos; acesso ao crédito, 5,4%, para 93,9 pontos; e momento para aquisição de bens de consumo duráveis, 7,7%, para 66,0 pontos.

A propensão ao consumo cresceu tanto entre os mais pobres quanto entre os mais ricos em dezembro. No grupo com renda mensal abaixo de 10 salários mínimos, o ICF subiu 5,1% em relação a novembro, para 96,8 pontos. Entre as famílias com renda superior a 10 salários mínimos, o ICF expandiu 4,2%, para 108,8 pontos.

No Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), também houve melhora disseminada em todos os componentes e subcomponentes na passagem de novembro para dezembro. O componente de avaliação das condições atuais cresceu 3,1%, com altas nos itens economia (4,0%), setor (4,2%) e empresa (1,7%). O componente das expectativas subiu 3,1%, com elevações nos quesitos economia (6,5%), setor (2,4%) e empresa (1,1%). O componente das intenções de investimentos teve elevação de 0,7%, com aumentos nos itens investimentos na empresa (0,5%), contratação de funcionários (1,4%) e estoques (0,1%).

De acordo com o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, os dados mostram um cenário de recuperação pontual, sustentado por fatores sazonais. "O aumento da confiança dos empresários acompanha a reação do consumo no fim do ano, mas a queda na comparação anual indica que o ambiente macroeconômico ainda impõe limites. O custo do crédito e a incerteza sobre a trajetória dos juros seguem sendo os principais desafios para uma retomada mais consistente", avalia.

Veja também

Newsletter