IPCA-15 cai 0,14% em agosto, primeira deflação em dois anos, puxada pela queda na energia elétrica
Número é o primeiro negativo pra agosto desde 2022. Alimentos também tiveram queda no preço
O IPCA-15 registrou 0,14% em agosto, após alta de 0,33% em julho. O resultado representa a primeira deflação desde julho de 2023, quando houve queda de 0,07%. Considerando apenas o mês de agosto, esse é o primeiro número negativo desde 2022, quando caiu 0,73%.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,26%;
Já em 12 meses, o acumulado é de 4,95%, abaixo dos 5,30% registrados nos 12 meses anteriores;
Em agosto de 2024, o IPCA-15 foi de 0,19%.
Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira.
A deflação, no entanto, foi menor do que a estimativa da mediana de projeções de analistas, calculada pela Bloomberg, que era de -0,20%. A conta de luz, responsável por puxar a inflação em julho, este mês foi o principal motivo de alívio para o índice.
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Mesmo estando sob a bandeira tarifária vermelha, no patamar 2, este mês conta com crédito do Bônus de Itaipu, que trouxe queda de 4,93% no preço da energia elétrica, item de maior impacto no índice.
Os grupos de alimentação e bebidas (-0,53%) e transportes (-0,47%), que também estão entre os de maior peso para o IPCA-15, também registraram quedas em agosto. Os alimentos tiveram o terceiro mês consecutivo de quedas no preço, com destaque para a manga (-20,99%), a batata-inglesa (-18,77%), a cebola (-13,83%), o tomate (-7,71%), o arroz (-3,12%) e as carnes (-0,94%).
Já no grupo dos transportes, a principal queda de preço foi nas passagens aéreas, (-2,59%), além do automóvel novo (-1,32%) e da gasolina (-1,14%). Outros combustíveis, como o óleo diesel, o gás veicular e o etanol também apresentaram deflações.

