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Brasil

Lula vai lançar pacote de alívio ao tarifaço com linha de crédito de R$ 30 bilhões

Presidente participou de programa de rádio nesta terça-feira (12)

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva  Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva  - Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que vai assinar uma Medida Provisória nesta quarta-feira (13) para criar uma linha de crédito de R$ 30 bilhões.

Os recursos serão destinados a empresas que foram prejudicadas pelo tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O anúncio foi feito em entrevista ao programa 'O É da coisa', da Rádio e TV Band News, na tarde desta terça (12).

– Amanhã eu vou assinar uma medida provisória que cria uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para as empresas brasileiras que porventura tiverem prejuízos com a taxação do Trump. R$ 30 bilhões é o começo — afirmou Lula.

Questionado pelo apresentador Reinaldo Azevedo se também lançaria mão de compras governamentais para aliviar o tarifaço, Lula confirmou a hipótese:

— Vai, vai, vai, vai ter. Então a gente vai ter crédito, compras governamentais e abertura de novos mercados. E vai ter (prioridade para) conteúdo nacional também, nas coisas que nós fabricamos aqui, porque nós vamos garantir a sobrevivência das empresas brasileiras, como eu acho que todos os outros países vão fazer um sacrifício enorme para as empresas deles.

— Vai ter uma política de crédito que a gente está pensando em ajudar, sobretudo as pequenas empresas, o pessoal que exporta fruta, mel e outras coisas. Então, nós vamos aprovar amanhã e eu acho que vai ser extremamente importante para que a gente possa mostrar que ninguém fica desamparado por conta da taxação do presidente Trump – afirmou o presidente.

O presidente também voltou a defender que o comércio entre países dos BRICS seja feito com moedas desses países, e não em dólar, um dos motivos que levou Trump à taxação.

— A gente não quer mexer com o dólar, o dólar é uma moeda importante, os EUa têm a máquina que roda essa moeda, mas nós podemos discutir nos BRICS a necessidade de uma moeda de comércio entre nós dos BRICS. Eu não recuo dessa ideia, porque é preciso testá-la — disse.

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