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FOZ DO AMAZONAS

Petrobras: poço da Bacia da Foz do Amazonas é um dos mais profundos que serão perfurados

Na quinta-feira (6), a estatal anunciou lucro líquido de R$ 32,7 bilhões no terceiro trimestre deste ano

Sonda NS-42 (ODN-II), usada pela Petrobras em simulação na Bacia Foz do Amazonas, na Margem Equatorial Sonda NS-42 (ODN-II), usada pela Petrobras em simulação na Bacia Foz do Amazonas, na Margem Equatorial  - Foto: Divulgação/Foresea/Petrobras

Em teleconferência com analistas para falar do resultado financeiro do terceiro trimestre deste ano, Fernando Melgarejo, diretor-executivo Financeiro de Relacionamento com Investidores da Petrobras, disse que a poço da Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, será um dos mais profundos que serão perfurados pela companhia.

Na quinta-feira (6), a estatal anunciou lucro líquido de R$ 32,7 bilhões no terceiro trimestre deste ano, apenas 0,6% acima dos R$ 32,5 bilhões do mesmo período do ano passado.

Apesar da queda de 13,9% na cotação do barril de petróleo, a Petrobras atribuiu o ganho levemente maior no trimestre ao aumento de 8,1% na produção, ao avanço da venda de derivados e das exportações, além da redução de 11% das despesas operacionais.

Esse é o primeiro resultado após a estatal ter recebido aval do Ibama, no último dia 20 de outubro, para perfurar o primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas, localizada na Margem Equatorial, no litoral norte do país.

"Essa conquista foi fruto de um rigoroso processo de discussão com o Ibama e comprova a robustez da estrutura da Petrobras na proteção do meio ambiente, com os mais elevados padrões de segurança. A profundidade total do poço é superior a 7 mil metros, o que o posiciona entre os mais profundos já perfurados pela companhia. Essa complexidade técnica reforça a capacidade tecnológica da Petrobras. Vamos operar na Margem Equatorial com total segurança e responsabilidade", afirmou.

Elevar produção em plataforma
Ele voltou a falar sobre a busca da Petrobras em acelerar os projetos de olho na eficiência.

"O cenário tem sido desafiador, especialmente com a queda do Brent, que impacta não apenas a Petrobras, mas todo o setor, tanto no Brasil quanto no exterior. Esse contexto exige um esforço constante para aprimorar nossa eficiência, e estamos focados nisso. Estamos acelerando tudo aqui dentro", disse Fernando Melgarejo.

Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, também falou em colocar o pé no acelerador.

"Vamos continuar colocando o pé no acelerador para antecipar cada vez mais os projetos. Um exemplo marcante para nós é a P-79. Quando assumimos a diretoria, não havia expectativa de quando a P-79 sairia do estaleiro. Falava-se em agosto de 2026. E agora ela vai sair já na segunda-feira, dia 10 de novembro, do estaleiro na Coreia. É esse tipo de resultado que estamos buscando. É gestão, e não tem mais dinheiro, mas sim mais acompanhamento e eficiência, para que possamos entregar os projetos dentro do custo, do prazo e da qualidade requerida", afirmou ela.

Perguntada por analistas sobre as perspectivas futura, a diretora evitou falar sobre os planos, já que a companhia divulga o novo plano de negócios para o período 2026-2030 no próximo dia 27 de novembro. A Petrobras disse que uma dos principais estratégias é ampliar a capacidade de produção das plataformas.

Melgarejo lembrou que está em conversa com o Ibama para obter autorização para ampliar a produção em cinco unidades (FPSOs). Segundo ele, essas ampliações de capacidade vão permitir ampliar a produção em 115 mil barris por dia.

"E a cada 100 mil barris por dia a mais de produção representa mais US$ 2 bilhões de receita no ano", afirmou Melgarejo.

Renata antecipou que, para as plataformas próprias, a área de Engenharia da estatal está avaliando e estudando até onde consegue elevar a produção.

"Temos a P-71 e a P-70, que já está produzindo um pouco acima da capacidade nominal. A capacidade é de 150 mil barris por dia, e atualmente está em 159 mil. Já encomendamos um estudo para a P-58, que entra em produção no próximo mês, e estamos analisando até onde a P-79 poderá chegar", detalhou Renata.

Dividendos
A companhia também afirmou que vai pagar R$ 12,16 bilhões em dividendos ordinários aos seus acionistas referentes ao terceiro trimestre de 2025. O governo federal vai abocanhar 28,67% desse total. Nos primeiros seis meses deste ano, a estatal já havia distribuído R$ 20,38 bilhões em ganhos.

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