Prova Quádrupla, Diplomacia Econômica x Diplomacia Comercial
Em muitos casos, apesar de os números serem positivos e favoráveis, esses não estão gerando riqueza “real” para as comunidades envolvidas ou ainda desenvolvimento social sustentável.
Observo de forma repetitiva, entidades públicas e privadas louvando a melhoria dos resultados financeiros de crescimento da econômica ou ainda do incremento dos índices de comércio internacional. Essa é uma visão antiga, que analisa apenas os aspectos da Diplomacia Comercial focada somente nos resultados financeiros.
"O Rotary é uma força de integração num mundo onde as forças de desintegração estão prevalecendo, esse é o nosso papel, a nossa missão, integrar as forças do mundo". Paul Harris
Precisamos considerar que, em muitos casos, apesar de os números serem positivos e favoráveis, esses não estão gerando riqueza “real” para as comunidades envolvidas ou ainda desenvolvimento social sustentável.
É necessário mudarmos rapidamente o enfoque e a forma como analisamos os dados, para termos uma visão real de ganho social e financeiro de forma equilibrada e sustentável.
Por essa razão, esta coluna tem o título de Diplomacia Econômica, pois a globalização levou a uma adaptação dinâmica da diplomacia que passou pelo enriquecimento de funções e alargamento de objetivos da diplomacia.
A diplomacia econômica tem duas vertentes principais:
a) As políticas externas econômica e comercial, que visam ao relacionamento bilateral, regional e multilateral e,
b) A promoção internacional da imagem do País, das exportações de bens e serviços e do investimento direto estrangeiro com a preocupação social sustentável.
Permitindo maior eficiência no apoio à internacionalização da economia e maior coordenação na ação externa de defesa de interesses nacionais, a diplomacia econômica favorece a articulação dos vários atores que intervêm nas suas vertentes política, econômica, cultural e de cooperação.
A Diplomacia Econômica tem uma relação muito próxima e convergente com a Prova Quádrupla, utilizada desde 1932 nos Estados Unidos pelos Rotary Clubs e os seus membros em todo o mundo como instrumento para desenvolver o respeito e a compreensão entre os povos, para toda e qualquer atividade, inclusive a empresarial,
para geração de negócios respeitando costumes, culturas dentro de valores éticos.
Dessa forma, a diplomacia econômica segue exatamente o raciocínio das quatro perguntas feitas na Prova Quádrupla:
1. É a VERDADE?
2. É JUSTO para todos os interessados?
3. Criará BOA VONTADE e MELHORES AMIZADES?
4. Será BENÉFICO para todos os interessados?
O Rotary Internacional, instituição centenária, tem ao longo de sua história contribuído de forma decisiva não apenas no combate à pólio e nas ações sociais, mas em um ambiente de negócios mais ético, praticado pelos seus membros mundo afora.
Fica a “provocação” de usarmos a Prova Quádrupla em nossos negócios e nas análises das balanças comerciais?
“Se quiser que uma tarefa seja feita, peça para alguém muito ocupado, ele saberá como fazê-lo”. Paul Harris
*Empresário há 35 anos e Presidente do Iperid (primeiro THINK TANK do Nordeste) – Instituto de Pesquisa Estratégica em Relações Internacionais e Diplomacia, Rainier Michael tem ampla experiência em trocas internacionais. O trabalho realizado por ele junto ao consulado esloveno, e designado “Diplomacia Econômica”, interpreta sob uma visão humana o desenvolvimento e o crescimento do Nordeste. Paulista de nascença, Michael se mudou para Pernambuco há dez anos, quando seus negócios no Estado cresceram de forma a tornar indispensável sua presença aqui. Seu comparecimento nos mercados pernambucanos, entretanto, é mais antigo do que isso. Antes de assumir o consulado, já era representante da DBG - Sociedade Brasil-Alemanha no Nordeste. É destacável, também, sua atuação enquanto presidente do Rotary Club Recife Boa Viagem. ([email protected])
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