Realme abre primeira fábrica no Brasil e lança linha 14 com IA e 5G. Veja detalhes
Unidade será localizada em Manaus e terá capacidade inicial parta produzir 20 mil unidades por dia
A chinesa Realme vai abrir sua primeira fábrica de smartphones nas Américas. A unidade está localizada em Manaus, no Amazonas. A expectativa é a geração de 500 vagas e uma capacidade inicial de produção de 20 mil unidades de celulares por dia.
A aposta da Realme, marca que hoje está entre as cinco maiores do mundo, acontece em um momento em que outras rivais asiáticas vêm investindo no Brasil, como Xiaomi, Oppo e Jovi. Além de sua primeira fábrica, a empresa também está lançando uma nova linha de celulares, a série 14, em parceria com gigantes como a Qualcomm, que vai fornecer o processador Snapdragon, e o Google, com o sistema operacional Android.
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O objetivo é que, em três anos, a companhia alcance 100% de produção local, já que parte dos equipamentos é importada e montada aqui. Segundo a companhia, a meta é reduzir os custos e oferecer produtos mais acessíveis, abrindo disputa com Samsung e Apple, que também vêm apostando em modelos mais baratos e hoje dominam as vendas no país.
— O Brasil é um dos mercados estratégicos mais importantes da empresa em nível mundial. Com uma base de consumidores grande e dinâmica, estabelecer uma produção local reforça o compromisso de longo prazo com o país. Ao investir em uma unidade local, pretendemos aumentar a eficiência operacional, melhorar o tempo de colocação no mercado e atender melhor às necessidades dos consumidores brasileiros com preços mais competitivos — diz ao GLOBO Tedy Wu, CEO da Realme para a América Latina.
Veja os preços:
realme 14 pro+:
12GB + 256GB - R$ 4.299
12GB + 512GB - R$ 4799
realme 14 5G:
8GB + 256GB - R$ 2.799
12GB + 512GB - R$ 3.799
realme 14 pro:
12GB + 256GB - R$ 3.699
No mundo, a empresa tem parcerias com fábricas na China, Índia e Indonésia. Na unidade brasileira, a companhia pretende acelerar a venda de celulares com inteligência artificial generativa em diferentes faixas de preços. A primeira fase dessa nova estratégia envolve a chegada ao mercado da linha 14, que conta com a versão regular (14 5G), além do 14 Pro e do 14 Pro+. Os modelos são voltados para o segmento intermediário.
Segundo a Realme, o Brasil vai receber o primeiro celular 5G com o processador Snapdragon 6 Gen 4, com mais capacidade para rodar games com até 120 quadros por segundo, permitindo maior fluidez de imagens. O modelo vem ainda com um sistema que evita o aquecimento do celular, proporcionando maior duração da bateria.
A companhia aposta também em mudanças de design. As versões Pro e Pro+ têm sensores de IA nas câmeras e tecnologia de fibra que permite mudanças de cor em sua parte externa. Assim, os modelos passam de branco para azul quando a temperatura cai abaixo de 16°C, por exemplo. A versão Pro+ tem ainda uma lente que permite um zoom de até 120 vezes.
Segundo a Realme, os modelos profissionais vêm com o chamado AI Ultra Clarity 2.0, que elimina automaticamente o desfoque em fotos com zoom. Há ainda um sistema de flash que permite maior iluminação em captações noturnas.
De acordo com especialistas, a expectativa é que a aposta da China no mercado brasileiro seja crescente, já que o Brasil é um dos maiores mercados globais e um dos poucos com grande potencial de crescimento.
— Se olharmos o 5G, ainda há muito a fazer. E as marcas chinesas vêm investindo em modelos mais baratos para crescer aqui. Por isso, a estratégia fabril é essencial. Apple também conta com produção local, assim como a Samsung — diz o consultor Marcos Vinícius Sore.
A Realme e a Oppo pertencem ao conglomerado BBK Electronics, que também controla as marcas OnePlus e iQOO. A Oppo, por exemplo, que vem lançando diversos modelos no Brasil, tem parceria atualmente com a Multilaser. Para este ano, a Oppo pretende chegar a dois mil pontos de venda. A companhia anunciou novos modelos da família chamada Reno 13, com recursos de IA e conexão 5G.
Em recente entrevista ao GLOBO, o CEO da empresa para a América Latina, Ethan Xue, disse que a meta é posicionar a marca como a segunda mais vendida no país entre os celulares que rodam o sistema operacional Android, do Google, ficando atrás apenas da líder Samsung.
Quem anunciou a entrada recente no Brasil foi a Vivo Mobile, que, por aqui, vai operar com a marca Jovi, através da terceirização de uma fábrica da GBR na Zona Franca de Manaus.

