Sáb, 06 de Dezembro

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Estímulo

Silvio Costa Filho defende Bolsa Família aliado com qualificação e estímulo ao trabalho

Ministro propõe que programa social estimule o ingresso no mercado de trabalho e o desenvolvimento econômico local

Ministro Silvio Costa Filho debate cenário econômico com empresário pernambucanos. Ministro Silvio Costa Filho debate cenário econômico com empresário pernambucanos.  - Foto: Matheus Riberio/Folha de Pernambuco

Durante encontro com empresários pernambucanos nesta segunda-feira (26), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, defendeu uma reformulação na gestão do Bolsa Família, com foco em qualificação profissional e transição segura para o mercado de trabalho. Segundo o ministro, é preciso garantir que os beneficiários tenham condições estruturais para deixar o programa com estabilidade e dignidade.

“As pessoas esquecem, mas o Bolsa Família precisa estar vinculado a uma política mais ampla, que envolva qualificação, capacitação e estímulo ao trabalho. Se a pessoa tem uma segurança de cinco anos, por exemplo, ela pode sair do programa de forma estruturada, sem medo de perder renda de uma hora para outra”, afirmou.

Silvio argumentou que o benefício, além de cumprir um papel social, movimenta a economia local. Ele citou como exemplo trabalhadores que usam o valor recebido para comprar uma moto ou um carro financiado, fomentando setores como comércio, transporte e prestação de serviços.

“Esses R$ 600 que a pessoa recebe não ficam parados. Eles entram na economia. O mototaxista, o tratorista, o pequeno empreendedor – todos movimentam o dinheiro. Isso gera crescimento”, destacou.

Investimento 
O ministro também criticou a visão de que o Bolsa Família representa apenas um peso fiscal para o país, argumentando que o programa precisa ser tratado como um investimento social que traz retorno econômico. Ele defendeu ainda a articulação com o Sistema S para ampliar cursos de qualificação e facilitar o acesso ao mercado de trabalho.

“Não adianta a gente falar em desenvolvimento sem investir em educação e capacitação. Se a gente conseguir envolver o Sistema S, as associações comerciais e as empresas, a gente consegue oferecer caminhos reais para essas pessoas”, completou.

O Sistema S é um conjunto de entidades que atuam com foco em educação profissional, empreendedorismo e apoio ao setor produtivo. Entre as instituições que o compõem estão o SENAI (voltado à indústria), o SESC e o SENAC (para o comércio e serviços), o SEBRAE (apoio a micro e pequenas empresas), o SENAR (área rural), além do SESI e do SEST/SENAT (transportes).

Essas entidades oferecem cursos, assistência técnica e programas de formação em todo o país, com recursos provenientes de contribuições das empresas.

A proposta, segundo Costa Filho, é compartilhada por outros membros do governo, como o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. O objetivo seria construir um novo padrão de gestão para o Bolsa Família, que garanta segurança e autonomia aos beneficiários ao longo do tempo.

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