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ESTADOS UNIDOS

Trump diz que tarifas sobre medicamentos e chips podem ser implementadas até o fim do mês

Expectativa é que elas sejam implementadas com as sobretaxas que entrarão em vigor em 1º de agosto sobre importações de diversos países

Presidente dos Estados Unidos, Donald TrumpPresidente dos Estados Unidos, Donald Trump - Foto: John Thys / AFP

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que vai impor tarifas sobre produtos farmacêuticos provavelmente no fim deste mês e que medidas semelhantes para os semicondutores também poderão ser aplicadas em breve. A expectativa de analistas é que as tarifas sejam implementadas com as sobretaxas que passarão a vigorar em 1º de agosto sobre importações de diversos países, incluindo o Brasil.

— Provavelmente no fim do mês, e vamos começar com uma tarifa baixa, dando às empresas farmacêuticas cerca de um ano para se adaptarem, e então vamos torná-la uma tarifa muito alta — disse o presidente americano a repórteres ao retornar a Washington após participar de uma cúpula sobre inteligência artificial em Pittsburgh.

Lá, ele anunciou acordos para o desenvolvimento de infraestrutura e produção de energia no valor de US$ 92 bilhões (cerca de R$ 511 bilhões), visando a atender à crescente demanda por IA.

Trump também disse que o cronograma para a implementação de tarifas sobre semicondutores seria “semelhante” e considerou que impor essas tarifas sobre chips é “menos complicado”, sem fornecer mais detalhes.

Em uma reunião de gabinete no início deste mês, Trump disse que planejava impor uma tarifa de 50% sobre o cobre nas próximas semanas e que esperava que as tarifas sobre produtos farmacêuticos chegassem a 200%, após dar às empresas um ano para trazer a produção de volta aos Estados Unidos.

Ele já anunciou investigações sob a Seção 232 da Lei de Expansão do Comércio de 1962 sobre medicamentos, argumentando que uma enxurrada de importações estrangeiras estaria ameaçando a segurança nacional.

Ainda assim, quaisquer tarifas poderiam impactar imediatamente fabricantes de medicamentos como Eli Lilly, Merck e Pfizer, que produzem remédios no exterior — além de correr o risco de elevar os custos para os consumidores americanos.

O mesmo vale para os planos de Trump para tarifas sobre semicondutores, que devem atingir não apenas os próprios chips, mas também produtos populares como laptops e smartphones da Apple e da Samsung, que são produzidos fora dos EUA.

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