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WCEF: primeira edição na América Latina de evento sobre economia circular acontecerá no Brasil

Fórum Mundial de Economia Circular (WCEF) será realizado em São Paulo, no Parque do Ibirapuera, em maio

Uma pesquisa da CNI mostrou que 85% das indústrias brasileiras utiliza pelo menos uma prática de economia circularUma pesquisa da CNI mostrou que 85% das indústrias brasileiras utiliza pelo menos uma prática de economia circular - Foto: Divulgação/Recicla Latas Geral

A transição para um modelo de economia circular, em que resíduos são reaproveitados e se transformam em insumos, já começou e deve gerar uma economia equivalente a US$ 4,5 trilhões, até 2030, segundo um estudo da consultoria Accenture.

Indústria já vem utilizando esses processos em suas linhas de produção, mas ainda é preciso divulgar esse conceito mostrando soluções que já vem sendo implementadas — e a sociedade muitas vezes não conhece.

— Já temos separação de resíduos, que na economia circular se transforma em insumo. É preciso aproveitar economicamente esses resíduos gerando benefícios econômicos — diz o diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Kalil Cury Filho.

Em maio, São Paulo vai sediar o Fórum Mundial de Economia Circular (WCEF).

É um dos maiores eventos sobre o tema no mundo, que reunirá pela primiera vez na América Latina empresários, especialistas e interessados no tema no Parque do Ibirapuera, no Auditório Oscar Niemeyer e na OCA.

Serão convidadas 1,2 mil pessoas, mas o evento poderá ser acompanhado de forma on-line como forma de divulgar as práticas da economia circular ao público em geral.

A Fiesp e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) são as entidades responsáveis por trazer o evento para a América do Sul pela primeira vez.

Além da Finlândia, onde foi criado, o WCEF já foi realizado no Japão, Holanda, Canadá, Ruanda e Bélgica.

O WCEF é uma iniciativa global Fundo de Inovação Finlandês (Sitra), realizado desde 2017. Nesta nona edição no Brasil, o WCEF vai explorar o potencial das soluções tropicais para o crescimento sustentável, o poder da economia regenerativa e as estratégias de uma bioeconomia.

— A economia circular já está presente em plliticas públicas no Brasil, como na Nova Política Industrial, e é um dos vetores da agenda de descarbonização no país — diz o superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo.

Uma pesquisa da CNI mostrou que 85% das indústrias brasileiras utiliza pelo menos uma prática de economia circular.

Ao implementar práticas circulares, 68% dos empresários afirmaram que as medidas contribuem para a redução de gases de efeito estufa e, consequentemente, para o combate às mudanças climáticas.

Sem mudanças na forma de produzir e consumir, a geração de resíduos sólidos domiciliar no mundo pode crescer 80% entre 2020 e 2050, atingindo 3,8 bilhões de toneladas ao ano, de acordo com relatório Global Waste Management Outlook 2024 (GWMO 2024).

Os setores de vidros, embalagens são alguns que enxergaram uma forma de reduzir custos e preservar o meio ambiente com uso de práticas de economia circular.

Mas segmentos como siderurgia, papel, cimento já vem utilizando esses processos.

Entre as principais práticas estão redução de embalagens, uso de energia renovável, reutilização e reciclagem de produtos e resíduos, além de restauração de ecossistemas de recursos naturais.

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