Banco do Nordeste: investimento estratégico em energia limpa
O bom desempenho projetado para a região se deve aos investimentos em infraestrutura e energia, sobretudo as renováveis. Muitos deles com o apoio do Banco do Nordeste (BNB)
A Região Nordeste, que apresentou crescimento maior do que a média nacional desde 2002, seguirá se destacando no cenário econômico brasileiro nos próximos anos, segundo prognósticos.
Estudo publicado pela Tendências Consultoria projeta um crescimento da economia da Região Nordeste na ordem de 3,4% ao ano entre 2026 e 2034, seguindo maior que a média nacional de 2,5% prevista para o período.
Muito desse bom desempenho projetado para a região se deve aos investimentos em infraestrutura e energia, sobretudo as renováveis.
O Banco do Nordeste (BNB), sociedade de economia mista com mais de 90% de seu capital aberto controlado pelo Governo Federal, tem atuado como propulsor desse desenvolvimento, com grande ênfase para infraestrutura e geração de energia limpa.
“A sustentabilidade ambiental e o combate às mudanças climáticas têm sido um norte para nossa gestão, e o Banco do Nordeste tornou-se, sobretudo nos últimos anos, protagonista no apoio à transição energética do País.""Nossos investimentos em energia limpa estão alinhados com a responsabilidade ambiental e com o desenvolvimento socioeconômico da nossa área de atuação”, destaca Paulo Câmara, presidente do BNB.
Crescimento
Em colaboração a esse cenário otimista para a região, o BNB tem financiado projetos estruturantes de portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, conectividade, saneamento e energia limpa.
A vocação do Nordeste para as energias renováveis tem se confirmado há anos, e os investimentos acompanham esse potencial.
“É sabido que o Nordeste tem um enorme potencial para geração de energia eólica e solar. Logo, investir nessas fontes é potencializar as condições naturais favoráveis da região."
"Isso impulsiona o crescimento econômico local, gerando empregos e mais renda, algo que também nos norteia como banco de desenvolvimento”, avalia Paulo Câmara.
Cerca de R$ 21 bilhões estão previstos para parques eólicos atualmente em construção e aproximadamente R$ 60 bilhões em projetos de energia solar, somando geração distribuída e centralizada, segundo associações do setor.
Com o novo PAC, o Governo Federal passou a destinar cerca de 40% dos recursos para a Região Nordeste. Com maior disponibilidade de recursos, o BNB pretende ampliar o grande número de demandas por crédito que recebe em investimentos em energia limpa.
O banco contratou, por exemplo, R$ 35,1 bilhões para energia limpa entre 2018 e 2023, sendo R$ 20,9 bilhões para projetos de energia eólica e R$ 14,2 bilhões para solar.
Projetos de transmissão e distribuição receberam R$ 12,5 bilhões nesse período.
Essa trajetória de crescimento do Nordeste está sendo impulsionada por muitas oportunidades, entre elas o fato de ser a região que mais gera energia limpa, possui o maior número de portos e é referência na produção agrícola.
Energia solar
Através da linha de crédito para sistemas de energia fotovoltaica para as empresas Nordestinas, a FNE Sol, o BNB atende a empresas, produtores rurais e pessoas físicas, que podem financiar todos os componentes dos sistemas de micro e minigeração de energia elétrica fotovoltaica, eólica, de biomassa ou pequenas centrais hidroelétricas (PCH), bem como sua instalação.
“Colaboramos oferecendo linhas de crédito com condições diferenciadas, com juros abaixo do mercado e prazos mais longos, suportadas por recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE)."
"Além disso, apoiamos com recursos não reembolsáveis a pesquisa e difusão tecnológica, por meio de editais como o do Fundeci, lançado no último ano, voltado a projetos de desenvolvimento e inovação em cadeias produtivas de fontes renováveis de energia, com foco especial no Hidrogênio Verde”, detalha Paulo Câmara.
A depender do porte da empresa e do projeto a ser financiado, os prazos de carência podem chegar a até seis meses e o tempo para quitação das parcelas pode chegar a até 12 anos. O FNE Sol tem atendido municípios em todos os estados do Nordeste, além do Norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
A linha de financiamento utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste que destinou R$ 37,8 bilhões para aplicação em toda a sua área de atuação no ano de 2024. O valor é 9,25% a mais do que o total inicialmente previsto para 2023 (R$ 34,6 bilhões).
Mesmo considerando o aumento de disponibilidade de recursos para o atual exercício, ocorrido no primeiro semestre, o valor projetado para o próximo ano mantém o patamar de investimento em torno de R$ 38 bilhões.
Os recursos serão destinados ao financiamento de atividades produtivas de todos os setores da economia, como forma de estimular o desenvolvimento regional.
A programação do Fundo Constitucional para 2024 está R$ 3,2 bilhões (equivalentes a 9,25%) acima do total inicialmente previsto para 2023 (R$ 34,6 bilhões). Mesmo considerando o aumento de disponibilidade de recursos para o atual exercício, ocorrido no primeiro semestre, o valor projetado para o próximo ano mantém o patamar de investimento em torno de R$ 38 bilhões.
“Para o futuro, pretendemos intensificar nossos investimentos em energias renováveis, ampliando o acesso ao crédito e desenvolvendo novos produtos financeiros que atendam às necessidades específicas deste setor. A alta demanda nos impulsiona a ir em busca de novas fontes de recursos. Para isso temos procurado firmar parcerias com outros bancos e entidades multilaterais, BNDES, BID, CAF e Agência Francesa de Desenvolvimento”, projeta o presidente do BNB.
Sustentabilidade e clima
A Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática (PRSAC) do Banco do Nordeste consiste no conjunto de princípios e diretrizes para os eixos social, ambiental e de natureza climática na condução de seus negócios, atividades e processos.
A PRSAC do Banco do Nordeste foi aprovada em 12 de maio de 2022 pelo Conselho de Administração do Banco do Nordeste, atendendo à Resolução do Conselho Monetário Nacional nº 4.945, de 15 de setembro de 2021.
Para monitorar e avaliar a efetividade dessa política pelo BNB, foram instituídos mecanismos como o índice de Cumprimento da PRSAC - conjunto de indicadores de responsabilidade das unidades da Direção Geral, elaborados com participação das unidades responsáveis e do Ambiente de Planejamento, devendo compor o Programa de Ação do Banco; o Plano de Ação e a Matriz de Responsabilidades da PRSAC, que consiste em um conjunto de ações e iniciativas a serem implementadas pelas unidades.