Hospital no Rio invadido por bandidos armados tinha 36 pacientes em estado grave e oito gestantes
Secretário municipal de Saúde pede reforço na segurança das unidades do Rio
Após a invasão de bandidos armados ao Hospital municipal Pedro II, em Santa Cruz, nesta quinta-feira, Daniel Soranz, secretário de Saúde da capital, afirma que pedirá um reforço na segurança das unidades de saúde da cidade. No momento em que os criminosos buscavam matar Lucas Fernandes de Sousa, que passava por cirurgia no hospital, 36 pacientes em estado grave e oito gestantes eram atendidos por lá.
— Pedimos para as forças de segurança do estado manterem uma viatura policial em cada hospital da cidade. Algo que acontecia no passado, mas nos últimos quatro anos vendo sendo reduzido pelo governo estadual e causando margem para casos como esse venham a acontecer – disse Soranz durante o evento de reabertura de setores do Hospital do Andaraí, agora municipalizado.
Segundo o secretário, cerca de 300 pacientes estavam dentro do Pedro II quando os bandidos invadiram o hospital. No entanto, não foi divulgado o número de pessoas no centro cirúrgico durante a ação criminosa.
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Madrugada de terror no hospital
Oito homens, que seriam ligados a uma milícia e estavam encapuzados, renderam os seguranças às 2h40 e foram direto para o centro cirúrgico, no segundo andar. O alvo da ação, Lucas Fernandes de Sousa, no entanto, já tinha sido levado para a enfermaria e, por isso, não foi encontrado pelos criminosos.
Além do ferimento pelo disparo, Lucas tinha outras lesões de raspão. Morador de Paciência, também na Zona Oeste, ele deu entrada no Pedro II na tarde de quarta-feira. Informações recebidas pelos policiais apontavam possível envolvimento dele com um grupo paramilitar.
Os policiais da 36ª DP (Santa Cruz) foram até o local para encontrar pistas dos homens armados que realizaram a invasão. Os agentes já sabem que os bandidos usaram uma passagem em um muro que separa o Pedro II de um estacionamento para entrar na unidade de saúde.

