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VOTO

Moraes vota para condenar Bolsonaro e mais sete réus por tentativa de golpe

Em seu voto, o ministro destacou que as provas produzidas em juízo não deixam margem de dúvidas sobre a intensa interação e direto acesso que todos os réus tinham com o líder da organização criminosa, Jair Bolsonaro

O ministro relator Alexandre de Moraes no segundo dia de sessão do STF do julgamento dos primeiros oito réus da trama golpistaO ministro relator Alexandre de Moraes no segundo dia de sessão do STF do julgamento dos primeiros oito réus da trama golpista - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação sobre a trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), votou há pouco para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado. Ele também considerou culpados sete corréus, entre militares da ativa e da reserva e ex-auxiliares de Bolsonaro.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Veja quem são:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República

- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha

- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)

- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça

- General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)

- General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa

- General Braga Netto, vice na chapa de Bolsonaro em 2022

Em seu voto, Moraes destacou que as provas produzidas em juízo não deixam margem de dúvidas sobre a intensa interação e direto acesso que todos os réus tinham com o líder da organização criminosa, Jair Bolsonaro.

"A atuação delitiva e a prática de atos executórios pela organização criminosa iniciaram-se com a utilização de órgãos públicos, para construção e divulgação de uma falsa e ilícita versão sobre vulnerabilidade das urnas eletrônicas e falta de legitimidade da justiça eleitoral, com a finalidade de gerar instabilidade institucional e caos social, criando uma futura situação no país que possibilitasse a restrição do pleno exercício do Poder Judiciário, seja até o período eleitoral, seja até uma eventual continuidade do governo, em caso de vitória ou a decretação de um golpe de estado, caso o resultado eleitoral fosse desfavorável", destacou.

O julgamento continua com a manifestação dos demais ministros da Primeira Turma. O próximo a votar é o ministro Flávio Dino.

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