Agência francesa de inteligência nega interferência na Romênia
O fundador do Telegram afirmou em rede social no domingo (18) que o diretor da DGSE pediu a ele para "banir vozes conservadoras na Romênia antes das eleições"
A agência francesa de inteligência (DGSE) rejeitou, nesta segunda-feira (19), as acusações do fundador do Telegram, Pavel Durov, de que a França estaria supostamente interferindo no segundo turno das eleições presidenciais na Romênia.
O segundo turno colocou um candidato de extrema direita contra um pró-europeu em um contexto de extrema tensão, depois que a Justiça romena anulou o primeiro turno realizado em novembro devido à suposta interferência russa.
Apesar da extrema direita liderar os dois primeiros turnos, o candidato pró-europeu Nicusor Dan prevaleceu no segundo contra seu rival George Simion, um fervoroso admirador de Donald Trump.
Leia também
• Manifestação pró-UE e contra extrema direita na Romênia antes de eleição presidencial
• Desinformação sobre autismo no Telegram cresceu 150 vezes em seis anos
• Aumentam denúncias de imagens sobre abuso sexual infantil no Telegram
Durov afirmou na rede social X na noite de domingo que o diretor da DGSE, Nicolas Lerner, pediu a ele para "banir vozes conservadoras na Romênia antes das eleições". "Eu recusei", acrescentou.
"A DGSE nega veementemente as alegações de que foram feitas solicitações para banir contas relacionadas a qualquer processo eleitoral", disse a DGSE em um comunicado.
A Rússia declarou nesta segunda-feira que as alegações de interferência francesa não são novidade.
"O fato de países europeus — França, Reino Unido, Alemanha — estarem interferindo nos assuntos internos de outros países não é novidade", disse o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov.
As autoridades romenas denunciaram uma "campanha viral de informações falsas" nas redes sociais com o objetivo de "influenciar o processo eleitoral" e que "mais uma vez traz as marcas da interferência russa".
A Romênia, membro da União Europeia com 19 milhões de habitantes, tornou-se um pilar fundamental da Otan desde que a invasão russa da Ucrânia começou em 2022.

