Sex, 05 de Dezembro

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FEDERAL RESERVE

Candidato de Trump para o Fed promete manter independência

Se Miran for designado para ocupar um cargo no Fed, ele poderá participar da próxima reunião nos dias 16 e 17 de setembr

O assessor econômico do presidente Donald Trump, nomeado para ocupar um cargo de governador no Federal Reserve, Stephen MiranO assessor econômico do presidente Donald Trump, nomeado para ocupar um cargo de governador no Federal Reserve, Stephen Miran - Foto: Alex Wroblewski / AFP

O assessor econômico do presidente Donald Trump, nomeado para ocupar um cargo de governador no Federal Reserve, Stephen Miran, comprometeu-se a respeitar a independência do banco central americano (Fed) caso seja ratificado, em uma audiência de confirmação nesta quinta-feira (4) no Senado.

Se Miran for designado para ocupar um cargo no Fed, ele poderá participar da próxima reunião nos dias 16 e 17 de setembro para fixar as taxas de juros que Trump insiste em pedir para serem reduzidas.

"O Comitê Federal de Mercado Aberto é um grupo independente com uma tarefa monumental, e estou decidido a preservar sua independência", declarou Miran diante dos senadores.

Miran, que dirige o conselho de assessores econômicos da Casa Branca, apontou que a missão mais importante de um banco central é evitar cair em depressão econômica ou hiperinflação.

"A independência da política monetária é um elemento-chave para alcançar isso", disse.

Miran pode ocupar a vaga deixada por Adriana Kugler, nomeada durante a presidência do democrata Joe Biden e que renunciou recentemente.

A decisão de Trump de nomear seu assessor econômico colocou a oposição democrata em alerta, temendo que ele ceda às pressões da Casa Branca.

Trump também tenta nesses dias revogar o mandato da governadora Lisa Cook, também designada durante a presidência de Biden.

Cook, a primeira mulher negra a integrar o Fed, recorreu à Justiça para permanecer em seu cargo.

Desde que assumiu o poder em janeiro, Trump tem criticado repetidamente o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, por não ter reduzido as taxas de juros antes, chamando-o de "idiota".

Desde sua última redução em dezembro, o Fed manteve as taxas de juros em uma faixa entre 4,25% e 4,50%.

No entanto, Powell abriu a possibilidade de uma redução de taxas na próxima reunião de política monetária do banco neste mês.

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