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SAÚDE

Canetas emagrecedoras: veja indicações que vão além da perda de peso

Dentre as outras doenças com possibilidades de usar esses medicamentos como tratamento estão apneia do sono e diabetes tipo 2

Caneta emagrecedora Caneta emagrecedora  - Foto: Freepik

A caneta emagrecedora Wegovy foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em sua versão de 2,4 mg para o tratamento de gordura no fígado (esteatohepatite associada à disfunção metabólica ou MASH, da sigla em inglês) em adultos com fibrose moderada a avançada, sem cirrose hepática.

Além do Wegovy, outras canetas emagrecedoras também já receberam aprovação da Anvisa para doenças além da obesidade.

Diabetes tipo 2
O Ozempic é um medicamento que tem como princípio ativo a semaglutida, uma forma sintética do hormônio GLP-1, o mesmo que está presente no Wegovy. Ele é recomendado para tratar diabetes tipo 2. Assim como a caneta injetável Mounjaro, que tem como princípio ativo a tirzepatida.

Apneia do sono
Neste ano, o Mounjaro também passou a ser indicado para o tratamento da apneia obstrutiva do sono, um distúrbio caracterizado por pausas repetidas na respiração devido ao bloqueio parcial ou total das vias aéreas superiores durante o sono. No entanto, essa recomendação se restringe a pessoas com obesidade.

 

Possível proteção contra outras doenças
Além das aprovações existentes, as canetas estão sendo estudadas como possibilidade para tratar outras doenças.

Uma delas é o transtorno por uso de álcool, mais conhecido como alcoolismo. A semaglutida, princípio ativo do Ozempic e do Wegovy, foi associada a uma incidência e recorrência de casos de transtorno por uso de álcool de 50% a 56% menores em novo estudo publicado na revista científica Nature Communications.

Existem poucas medicações destinadas ao tratamento do transtorno. Agora, os novos resultados sugerem que a classe de medicamentos da qual a semaglutida faz parte, os análogos de GLP-1, pode ser uma nova alternativa.

Além disso, pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) investigam os possíveis benefícios da tirzepatida, molécula presente no Mounjaro, no tratamento da neuroinflamação, presente em doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

A liraglutida, medicamento da mesma classe do Ozempic, por sua vez, já mostrou bons resultados. Em um estudo realizado pelo Imperial College de Londres, ela mostrou uma redução no ritmo do encolhimento de partes do cérebro que controlam a memória, o aprendizado, a linguagem e a tomada de decisões em quase 50% em pacientes com Alzheimer em estágios iniciais.

Também retardou em 18% o declínio cognitivo daqueles tratados ao longo de um ano, em comparação com os que receberam placebo.

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